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Mourão nega fazer contraponto a Bolsonaro: ‘eu complemento o presidente’

Vice-presidente está nos Estados Unidos, em viagem criticada por ala do governo. Ele se encontrou com aliado de Ciro Gomes, crítico de Bolsonaro

Por Estadão Conteúdo 6 abr 2019, 14h53

O vice-presidente, general Hamilton Mourão, rechaçou neste sábado, 6, críticas de que estaria atuando como um contraponto ao presidente Jair Bolsonaro. “Jamais. Eu sou complementar ao presidente, eu complemento ele”, disse Mourão, ao ser questionado se adotava um antagonismo a Bolsonaro.

Aliados do presidente têm se incomodado com o que consideram agendas do vice-presidente que “destoam da linha do governo” e declarações recentes dele que “parecem contrariar ou desautorizar posições prévias do presidente”.

A fala do vice aconteceu nos Estados Unidos, onde ele tem agenda criticada por ala do governo. Os encontros do vice-presidente na manhã deste sábado incluíram, por exemplo, uma reunião de cerca de uma hora com o ex-ministro Mangabeira Unger, que já criticou o governo Bolsonaro. Mangabeira foi também o guru de Ciro Gomes (PDT) durante a campanha eleitoral de 2018.

Ontem, no evento organizado por alunos brasileiros de Harvard e do MIT, Ciro afirmou que Mourão quer “de forma descarada” ocupar o lugar de Bolsonaro e chamou o presidente de “idiota”. O general da reserva também participará do fórum.

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Segundo Mourão, Mangabeira Unger falou a ele sobre “a proposta que ele tem hoje de economia do conhecimento, que é a visão que ele tem do mundo moderno”. “A produção industrial começa a atingir seu limite e o conhecimento passa a ser algo que vale muito dinheiro”, explicou.

Na mira da ala do governo mais alinhada ao escritor Olavo de Carvalho, o vice-presidente minimizou os incômodos e disse não se importar com críticas. “A crítica faz parte do jogo político, eu não me importo com crítica”, disse.

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Hamilton Mourão também se reuniu com o empresário Jorge Paulo Lemann e, à tarde, terá um encontro com a comunidade de imigrantes brasileiros em Boston. Na segunda-feira, 8, ele encontrará o vice-presidente americano, Mike Pence, em Washington.

Por incomodar uma ala do Planalto, a ida de Mourão aos EUA é encarada como uma “viagem pessoal” dentro do governo. Apenas a visita a Pence teria contado com o intermédio da área internacional do governo Bolsonaro.

A agenda de Mourão prevê, ainda, uma entrevista à rede de televisão CNN. A emissora é crítica ao presidente dos EUA, Donald Trump, que já chamou jornalistas da CNN de “fake news”. Quando esteve na capital americana, há pouco mais de 15 dias, Bolsonaro decidiu dar uma entrevista à FOX News, a emissora que é geralmente elogiada por Trump e frequentemente escolhida pelo governo americano para entrevistas exclusivas. O governo brasileiro tem feito um movimento de aproximação com a gestão de Trump.

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