Moro pede férias para participar da transição do governo Bolsonaro
Juiz pretende se exonerar no final do ano, há poucos dias de tomar posse como ministro da Justiça; até lá, utilizará férias acumuladas para se preparar
O juiz federal Sergio Moro encaminhou, na manhã desta segunda-feira 5, um pedido de férias ao desembargador Ricardo Teixeira do Valle Pereira, corregedor da Justiça Federal da 4ª Região. Moro pediu para utilizar um descanso acumulado entre os anos de 2012 e 2013 para um primeiro período, de dezessete dias, a partir de hoje e até o dia 21 de novembro.
Na sequência, diz, apresentará nova solicitação para aproveitar outro período pendente fora até, ao menos, 19 de dezembro, quando deve dar início aos procedimentos de exoneração. Segundo o magistrado registra no documento o motivo do afastamento é a necessidade de deixar os processos da Operação Lava Jato “para evitar controvérsias desnecessárias” após a ser escolhido para o Ministério da Justiça no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
Sergio Moro afirma que pede esse período de férias para que possa aproveitar créditos adquiridos e não utilizados durante os anos como juiz e, também, “iniciar as preparações para a transição do governo e para os planos para o ministério”.
Sobre a sequência dos trabalhos na Lava Jato, ele escreve que “a exma. juíza federal substituta da 13ª Vara, Gabriela Hardt, está ciente e aquiesceu com esta solicitação. Ela, profissional muito competente, tem plenas condições de substituir-me na jurisdição”, afirmou, mencionando sua sucessora temporária nos processos relativos a Operação Lava Jato.