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MBL, Vem Pra Rua e partidos fazem atos anti-Bolsonaro em SP, Rio e BH

Maior parte dos presentes vestiu branco e havia poucas bandeiras de agremiações políticas. Manifestações tiveram público menor que o 7 de setembro

Por Da Redação
Atualizado em 12 set 2021, 18h57 - Publicado em 12 set 2021, 14h53

Convocados pelo MBL e pelo Vem Pra Rua, movimentos que se notabilizaram no impeachment de Dilma Rousseff, manifestantes foram às ruas neste domingo, 12, em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e outras capitais para pedir a saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A novidade dos protestos foi a participação de alguns partidos de esquerda, como o PDT e o PC do B, junto com os movimentos de direita. A união foi uma tentativa de dar uma resposta ao 7 de setembro bolsonarista, quando o presidente e seus apoiadores atacaram o Supremo Tribunal Federal em atos de teor antidemocrático. As manifestações, no entanto, tiveram público menor que as do feriado de Independência, convocadas por Bolsonaro.

Nesta tarde, os manifestantes contrários a Bolsonaro se reuniram na avenida Paulista com a presença dos presidenciáveis João Doria (PSDB), governador de São Paulo, Ciro Gomes (PDT), Luiz Henrique Mandetta (DEM), ex-ministro da Saúde, e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), apresentada como destaque da CPI da Pandemia. Também participaram do ato a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) e o cantor Tico Santa Cruz, apoiador de Ciro, entre outros. Eles discursaram no palanque montado pelo MBL. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o ato na Avenida Paulista reuniu 6.000 pessoas. Brasília também registrou uma manifestação na Esplanada dos Ministérios à tarde, com baixa adesão.

Doria afirmou, ao chegar à Paulista, que todos têm que “estar juntos e formar uma grande frente democrática” de oposição ao presidente Bolsonaro, incluindo o PT. Ciro declarou que os presentes deixaram de lado suas diferenças. “Assumo qualquer risco e qualquer contradição para defender o povo brasileiro”, disse o pré-candidato. Já Mandetta afirmou no palanque que Bolsonaro subestimou a Covid-19 e lhe disse, ao ser alertado sobre a gravidade da doença: “Vai morrer quem tem que morrer”. Em sua conta no Twitter, Simone Tebet escreveu que “o perfume da democracia dissipou o cheiro de autoritarismo que ainda pairava no ar da Avenida Paulista”, e que o movimento continuará.

No Rio, onde o ato foi realizado em Copacabana, e em Belo Horizonte, onde a concentração foi na Praça da Liberdade, a maior parte dos presentes vestiu branco, conforme a orientação dos organizadores, e havia poucas bandeiras de partidos. O intuito da organização foi descolar o ato do cenário eleitoral de 2022 e apresentar como reivindicação única o impeachment de Bolsonaro.

Partidos como o PT e o PSOL, que têm encabeçado manifestações contra o governo Bolsonaro nos últimos meses, não aderiram aos atos deste domingo. Isso porque, inicialmente, MBL e Vem Pra Rua convocaram as manifestações sob o mote “Nem Lula nem Bolsonaro”, o que afastou parte da esquerda. Na sexta, 10, esses partidos anunciaram que farão um ato unificado pelo impeachment do presidente no próximo dia 2 de outubro.

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