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Marketing e TV podem representar até 80% do custo da campanha de Bolsonaro

Previsões são de que presidente utilize em torno de 150 milhões de reais para financiar projeto de reeleição

Por Letícia Casado Atualizado em 25 abr 2022, 14h52 - Publicado em 25 abr 2022, 13h45

Depois de registrar gastos oficiais na casa dos 2,8 milhões de reais na campanha presidencial de 2018, Jair Bolsonaro se prepara para despejar investimentos inéditos na área de marketing a fim de tentar destronar o favoritismo do petista Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto. Dos cerca de 150 milhões de reais estimados para o primeiro e o segundo turnos em outubro, o ex-capitão estima que aproximadamente 80% serão destinados exclusivamente para a reconstrução de sua imagem e para defesa do acervo de seu governo.

O principal foco de investimentos, disse a VEJA o vice-presidente do PL, deputado Capitão Augusto (SP), serão as contratações de profissionais especializados em pesquisas eleitorais e de equipes de imagem e de edição dos programas eleitorais. “Não é à toa que os marqueteiros já foram astros das campanhas políticas”, afirmou.

Ao contrário de 2018, em que na onda lavajatista Bolsonaro se apresentou como um outsider compromissado com o combate à corrupção, na função de incumbente terá de se apresentar de volta ao eleitor listando eventuais conquistas do governo – o Executivo contabiliza neste rol a compra de vacinas contra a Covid, a criação do Pix e a aceleração de obras de infraestrutura – e explicando por que promessas de campanha não foram cumpridas. “Em uma reeleição temos que mostrar que o governo fez, o que prometeu e o que cumpriu e explicar por que não conseguiu cumprir o que prometeu. Para isso precisamos de tempo”, disse a VEJA o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), um dos coordenadores da campanha à reeleição.

Com o governo desaprovado por 56% do eleitorado, segundo pesquisa PoderData do início do mês, o Zero Um assume hoje uma espécie de mea-culpa sobre a imagem do governo do pai. “Faltou mais investimento em propaganda, na TV aberta, nas rádios e nos jornais. Faltou dinheiro neste tipo de propaganda”, diz. O erro, se depender de Flávio, não se repetirá na disputa deste ano.

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