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Manifestantes são ‘pessoalzinho que eu cortei verba’, diz Bolsonaro

‘Quem divulga esse tipo de mensagem faz parte do povo’, diz presidente sobre texto compartilhado no WhatsApp

Por Da Redação
18 Maio 2019, 23h18

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar os protestos realizados em todo o país na última quarta-feira 15, afirmando que se trataram de “movimento do pessoal que eu cortei a verba”. Falando na frente do Palácio da Alvorada, o presidente afirmou novamente que os estudantes que participaram dos atos são “idiotas úteis”.

Bolsonaro saiu à frente de sua residência oficial para conversar com alunos do colégio Bandeirantes, de São Paulo, que estavam ali para apoiá-lo. Entre os assuntos abordados estavam as manifestações contra as medidas de contingenciamento do governo na educação básica e no ensino superior.

“E esse movimento do pessoalzinho aí que eu cortei verba, o que vocês acharam?”, perguntou o presidente, segundo vídeo divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo.

“É uma minoria que manda na escola. Pessoal faz aí porque alguns (professores) (estavam) oferecendo pontos, facilidades. E o pessoal (os alunos) nem sabe o que foi fazer nas ruas”, afirmou Bolsonaro. “São idiotas úteis. É verdade.”

Em sua viagem a Dallas, nos Estados Unidos, o presidente já havia se referido aos manifestantes como “idiotas úteis” e “massa de manobra”.

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Texto compartilhado no WhatsApp

Após compartilhar um texto que descreve o país como “ingovernável” se não existir “conchavos” políticos, Bolsonaro disse que quem divulga este tipo de mensagem é “parte do povo”  e que “devemos ser fiéis a eles e ponto final”.

O texto foi compartilhado na sexta-feira 17 por ele pelo WhatsApp. O presidente foi questionado sobre a repercussão da mensagem e afirmou que compartilha materiais nas redes sociais para que seus seguidores tirem suas próprias conclusões.

“Eu passo muita mensagem no WhatsApp, muita, e boto no Facebook. E, geralmente, eu não boto ali a minha opinião. Eu boto ‘assista, tire suas conclusões’. Esse pessoal que divulga isso faz parte do povo. Esse pessoal a quem devemos ser fiéis a eles e ponto final. Quem tem de ser forte é o povo. Quem tem de dar o norte é povo. Não sou eu”, afirmou, aos jornalistas reunidos no local.

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Mais cedo, o presidente havia dito que tinha repassado a mensagem para “meia dúzia de pessoas”. O texto diz que o Planalto sofre pressões de todas as corporações, em todos os poderes, e que o país “está disfuncional”, mas não por culpa de Bolsonaro.

Ministérios

Destacando que o foco deve ser o Brasil acima de todos, Bolsonaro defendeu também a aprovação da Medida Provisória que reduziu o número de ministérios e que será votada pela Câmara nos próximos dias.

“Para que aumentar o Ministério? São 22 [ministérios], inclusive queria que tivesse menos”, afirmou. “Se eu botar 39 caras, tem cara que eu vou ver uma vez por ano”, disse ainda.

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