Lupi articula para ser o futuro ministro do Trabalho de Lula
PDT reivindica cargo que já ocupou no passado em retribuição ao apoio do partido ao presidente eleito
A equipe de transição do PT já conta com mais de 280 integrantes. Em tese, todos os indicados podem ser considerados aptos a ocupar cargos no primeiro ou no segundo escalão do futuro governo. O PDT, por exemplo, reivindica um ministério como compensação pelo fato de o partido ter apoiado Lula no segundo turno. O deputado federal Wolney Queiroz (PE), também em tese, seria o candidato natural ao posto caso o pleito seja atendido.
O parlamentar é o representante do PDT indicado para compor o grupo temático que cuida das questões referentes ao Ministério do Trabalho. Porém, ao contrário do que se imagina, ele não é o favorito à vaga — e ainda enfrenta uma concorrência desleal.
Nos últimos dias, segundo um importante dirigente da legenda, o próprio presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, tem se apresentado como ministeriável. A informação já circulou entre os deputados do partido e foi tema de uma reunião há alguns dias. Lupi tem um bom trânsito entre os petistas e mantém uma boa relação com Lula.
Lupi chefiou o ministério do Trabalho ao longo de dois governos petistas. Em 2007, foi nomeado por Lula para ocupar o cargo, no qual permaneceu até 2011, já no governo de Dilma Rousseff, quando foi demitido em meio a uma série de denúncias de irregularidades. Nas últimas eleições, o PDT lançou Ciro Gomes como candidato à Presidência da República. No segundo turno, Lupi, apesar das pesadas críticas que seu partido fez a Lula, não tardou em declarar apoio ao PT.
Em 2019, no governo Bolsonaro, o Ministério do Trabalho foi extinto, teve suas competências distribuídas para outras pastas e foi novamente recriado em 2021. A expectativa é que o futuro governo devolva algumas atribuições importantes que foram retiradas da Pasta.