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Lula viaja neste domingo aos Estados Unidos para Assembleia Geral da ONU

Presidente abre a 80ª Assembleia Geral em Nova York em meio a sanções dos EUA e encontros sobre Palestina, mudanças climáticas e defesa das instituições

Por Victória Ribeiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 set 2025, 09h44 - Publicado em 21 set 2025, 10h03

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca neste domingo, 21, às 10h, para os Estados Unidos, onde participa da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York. O encontro acontece entre os dias 22 e 24 de setembro e reúne chefes de Estado de todo o mundo. Lula será acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, além de ministros e especialistas que integram a comitiva oficial.

Como prevê a tradição diplomática desde 1955, caberá ao Brasil abrir o debate geral da assembleia. O discurso de Lula está marcado para terça-feira, 23, logo após as falas do secretário-geral da ONU, António Guterres, e da presidente da 80ª assembleia, a chanceler alemã Annalena Baerbock. O presidente deve apresentar prioridades da política externa brasileira e reforçar temas que vêm orientando sua atuação internacional, como defesa da democracia, combate à desigualdade e enfrentamento da crise climática.

Questão Palestina

Na segunda-feira, 22, o presidente participa da segunda sessão da Confederação Internacional de Alto Nível para Resolução Pacífica da Questão Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados, convocada por França e Arábia Saudita. O Itamaraty avalia que o encontro pode abrir espaço para que mais países reconheçam formalmente a Palestina como Estado, em uma tentativa de colocar fim nos conflitos que ocorrem na região. Atualmente, 147 países já adotam esse reconhecimento. Nações como França, Reino Unido, Canadá e Portugal sinalizaram interesse em avançar nesse sentido durante a reunião.

Democracia e extremismo

Na quarta-feira, 24, Lula se une a cerca de 30 chefes de Estado e representantes de governo no evento Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo, iniciativa liderada por Brasil, Chile e Espanha. O encontro dá sequência à reunião realizada em julho, no Chile, que resultou em uma declaração conjunta contra a erosão das instituições democráticas. Segundo o Itamaraty, a proposta é consolidar uma diplomacia ativa, voltada a combater desinformação, discurso de ódio e desigualdade social.

Crise climática em foco

Também no dia 24, o Brasil divide a presidência de um evento sobre mudanças climáticas com Guiterres, secretário-geral da ONU. A expectativa é de que países apresentem novas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, conhecidas como NDCs (contribuições nacionalmente determinadas).

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A agenda ambiental de Lula em Nova York inclui ainda a promoção do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, iniciativa brasileira que será lançada em Belém, durante a COP30, em novembro, para financiar a preservação de áreas de floresta. Outro compromisso será a participação em um encontro organizado pelo Centro Global de Adaptação, voltado a discutir mecanismos de adaptação frente aos impactos já em curso da crise climática.

Paralelamente, a delegação brasileira se integra à Semana do Clima de Nova York 2025, que ocorre a partir de 22 de setembro. Realizado desde 2009 em paralelo à Assembleia Geral da ONU, o evento reúne mais de 500 atividades com lideranças políticas e da sociedade civil, servindo como espaço preparatório para a COP30.

Presença de Trump

A presença de Donald Trump em Nova York adiciona um componente político delicado à viagem. Será a primeira vez que Lula e o republicano estarão no mesmo espaço desde a série de sanções impostas pelos Estados Unidos ao Brasil — medidas que foram interpretadas como uma estratégia para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente alvo de investigações e condenado pela Justiça brasileira. Embora presentes no mesmo local, ainda não há certeza sobre um eventual encontro entre os dois líderes, o que não elimina o clima de tensão evidente.

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Em meio às sanções, os EUA ficaram de fora da segunda edição do evento “Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo”, iniciativa articulada por Brasil, Chile e Espanha. A justificativa é que a postura de Washington não se enquadra em um fórum voltado à defesa das instituições democráticas, especialmente em um contexto em que o governo Trump tem feito críticas ao sistema eleitoral brasileiro e atacado decisões do Judiciário.

Na avaliação do governo Lula, estender um convite aos americanos seria visto como incoerência em um momento de agravamento das tensões bilaterais, que se intensificaram a partir de julho.

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