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Lula quer uma revanche completa contra Bolsonaro

Para presidente, o antecessor tem de passar pelas mesmas agruras que ele enfrentou, o que inclui uma temporada na cadeia

Por Daniel Pereira Atualizado em 13 fev 2023, 09h39 - Publicado em 11 fev 2023, 11h30

Durante a campanha eleitoral, Lula adotou o estilo “paz e amor” e prometeu que não faria do revanchismo uma marca de seu governo. Essa promessa não vale, obviamente, para o caso de Jair Bolsonaro, seu principal adversário político. O presidente quer que o antecessor passe pelas mesmas agruras que ele enfrentou, inelegibilidade e prisão, mas reconhece que, por enquanto, a principal ameaça ao capitão é de cassação de seus direitos políticos.

A estratégia de Lula é convencer a Justiça de que Bolsonaro é o mentor de uma tentativa permanente de golpe, estimulada por uma poderosa máquina de disseminação de fake news, ensaiada no feriado de 7 de Setembro de 2021 e consumada com a invasão e depredação da sede dos Três Poderes, em Brasília, no último dia 8 de janeiro. Ciente dos riscos que corre, Bolsonaro alega que nunca saiu das “quatro linhas da Constituição”, que não flertou com uma intervenção militar e que não há provas de seu envolvimento em ações golpistas.

Parte dessa argumentação está em xeque desde que VEJA revelou que o ex-presidente se reuniu com o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e o senador Marcos do Val (Podemos-ES), em dezembro passado, para debater um plano destinado a anular o resultado das eleições, impedir a posse de Lula e garantir a permanência de Bolsonaro no poder. Os detalhes dessa trama devem ser incorporados em uma das 16 ações em curso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pedem a inelegibilidade de Bolsonaro.

Em Brasília, há quem aposta que o TSE julgará ao menos uma das ações contra o ex-presidente ainda este ano, aproveitando-se do clima favorável a punições criado após a invasão e a depredação do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto. O ponto-chave na discussão jurídica é colocar Bolsonaro na cena do crime como mentor — ou mandante — de ações golpistas, exatamente o que Lula mais deseja.

“Não tenho dúvidas de que isso foi arquitetado pelo responsável maior de toda a pregação do ódio, a indústria de mentiras, a indústria de notícias falsas que aconteceu neste país nestes últimos quatro anos”, afirmou o presidente na quarta-feira. Além das ações no TSE, Bolsonaro é investigado em inquéritos no STF que apuram os ataque às instituições e a cadeia de comando dos atos golpistas de 8 de janeiro. Lula quer que o rival seja punido nos dois tribunais. Para o petista, a desforra tem de ser na mesma moeda: cassação dos direitos políticos e cadeia.

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