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‘Lula é inocente’ e condenação ‘envergonha o Brasil’, diz Dilma

Ex-presidente diz que o Brasil vive um 'estado de exceção'

Por Paula Sperb
Atualizado em 4 jun 2024, 19h19 - Publicado em 12 jul 2017, 17h18

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) defendeu Lula diante da condenação a nove anos e meio de prisão. “Lula é inocente e essa condenação fere profundamente a democracia”, disse Dilma, por meio de nota à imprensa.

O juiz Sergio Moro condenou Lula por corrupção e lavagem de dinheiro. A sentença foi divulgada nesta quarta-feira.

No seu comunicado, Dilma disse ainda que Moro condenou Lula sem provas e com “roteiro pautado por setores da grande imprensa”.

Para a petista, a condenação é uma “flagrante injustiça e um absurdo jurídico” que “envergonha o Brasil”.

“Lula é inocente. E o povo brasileiro saberá democraticamente resgatá-lo em 2018”, defendeu a ex-presidente em referência às eleições presidenciais do ano que vem.

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Dilma também associou a condenação de Lula com a aprovação da Reforma Trabalhista no Senado, na última terça-feira: “Ontem, com indignação, assistimos à aprovação pelo Senado do fim da CLT. Uma monumental perda para os trabalhadores brasileiros. Agora, assistimos essa ignomínia que está sendo exercida contra o ex-presidente Lula com o objetivo de cassar seus direitos políticos”.

A ex-presidente também disse que o Brasil vive um “estado de exceção”. “O país não pode aceitar mais este passo na direção do Estado de Exceção. As garras dos golpistas tentam rasgar a história de um herói do povo brasileiro. Não conseguirão.”

Medida equivocada

Por sua vez, o Partido dos Trabalhadores (PT) definiu a condenação como uma “medida equivocada, arbitrária e absolutamente ilegal”.

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Em nota, o PT chamou Moro de “juiz parcial, que presta contas aos meios de comunicação e àqueles que não aceitam a trajetória de sucesso de Lula na presidência”.

Na sua sentença, Moro afirmou que a defesa de Lula tenta desqualificar seu trabalho ao invés de apresentar provas.
No comunicado, o PT diz que a sentença de Moro “está baseada exclusivamente em delações premiadas negociadas ao longo de meses com criminosos confessos”.

“Lula não está acima da lei, tampouco abaixo dela. O que ocorre é um processo de perseguição”, afirmou o PT, em resposta ao texto de Moro. No documento, o juiz diz que “não importa o quão alto você esteja, a lei ainda está acima de você’”. Por fim, o partido declarou que “vai manter sua defesa intransigente a Lula, por acreditar em sua absoluta inocência”.

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