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Kassab diz que eventual filiação de Alcolumbre não afeta disputa na Câmara

Dirigente do PSD vislumbra ter entre seus quadros o nome favorito para comandar o Senado em 2025

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 jul 2024, 15h50

De olho em manter o comando do Senado com a legenda, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, tem feito acenos a Davi Alcolumbre, senador do União Brasil tido como o favorito para suceder Rodrigo Pacheco (PSD-MG) em fevereiro do ano que vem.

Uma eventual filiação de Alcolumbre ao PSD, no entanto, pode embaralhar ainda mais a disputa na Câmara dos Deputados, que conta com ao menos três postulantes. O PSD já tem o líder Antônio Brito (BA) como candidato do partido – além dele, pleiteiam a cadeira os deputados Elmar Nascimento (União-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP).

Hoje, deputados e senadores têm demonstrado resistência a ceder o comando das duas Casas a representantes de uma mesma legenda. A filiação de Alcolumbre, portanto, pode ter impacto direto na campanha do deputado do PSD.

“Eu ficaria muito feliz com a filiação do Davi, mas de nenhuma maneira vamos abrir mão da candidatura do Antônio Brito. Afinal de contas, é uma postulação da bancada e também pessoal dele, com total legitimidade. Jamais filiaríamos o Davi como uma reciprocidade para o Antônio retirar a sua candidatura”, disse Kassab a VEJA.

E acrescentou: “O Davi é muito bem-vindo, meu amigo pessoal. Gosto muito dele, ele sabe disso. Eu sei que ele gosta de mim, mas não tem a menor chance de haver qualquer conversa, qualquer convite de filiação condicionada à desistência do Brito nessa campanha. Ele vai até o final”.

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‘Candidato vai ter independência’

Kassab também rebateu as declarações de que terá voz de comando sobre o deputado do PSD caso ele seja eleito para chefiar a Câmara.

Como mostrou reportagem de VEJA, o PSD vem experimentando uma franca ascensão no país ao ocupar a Presidência do Congresso, manter a maior bancada do Senado, o maior número de prefeituras e ainda ter a representação de Kassab, secretário de governo de São Paulo, como o homem forte da gestão de Tarcísio Gomes de Freitas.

O avanço da legenda também vem acompanhado de insatisfação por parte de outros partidos, que prometem atuar para barrar a vitória de Brito para evitar dar mais um naco de poder a Kassab. Nos corredores do Congresso, não são poucos os que dizem que não votam em Brito porque ele prestaria total subserviência a seu “chefe”.

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“O Brito está no quarto mandato de deputado federal, é conhecido mundialmente como um das pessoas mais vinculadas a programas de assistência social, é respeitadíssimo no Congresso Nacional e muito bem preparado. Quem fala isso são pessoas que não conhecem a política”, afirmou Kassab.

“Quem senta naquela cadeira é presidente da Câmara dos Deputados, não representa o partido, representa os 513 deputados. Eu vejo isso como um lado da disputa, um candidato querendo mostrar que é mais independente que o outro. Todos sabem da independência do Brito, da sua lealdade ao Parlamento e, caso se eleja presidente, da sua lealdade aos deputados. Não terá nenhuma outra vinculação que não seja com os deputados”, garantiu.

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