João Santana é condenado a 8 anos e 4 meses de prisão
Marqueteiro do PT foi sentenciado por recebimento de propinas de lobista do grupo Keppel Fels. Mônica Moura e mais quatro também foram condenados
O juiz federal Sergio Moro condenou nesta quinta-feira o marqueteiro do PT João Santana e sua mulher, Mônica Moura, pelos crimes de lavagem de dinheiro no esquema de corrupção na Petrobrás alvo da Operação Lava Jato. Os dois foram condenados a 8 anos e 4 meses de prisão cada um.
“Entre os nove crimes de lavagem, reconheço continuidade delitiva. Considerando a quantidade de crimes, elevo a pena do crime em 2/3, chegando ela a oito anos e quatro meses de reclusão e cento e oitenta dias-multa”, escreve Moro na sentença.
Foram condenados também o ex-presidente da Sete Brasil João Carlos de Medeiros Ferraz, o ex-executivo da empresa e ex-gerente da Petrobrás Eduardo Musa e o lobista e engenheiro Zwi Skornicki. O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto também está entre os condenados.
João Santana e Mônica Moura foram presos na 23ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Acarajé. Na ocasião, ele não foi encontrado porque estava no exterior, onde trabalhava na campanha à reeleição do presidente da República Dominicana, Danilo Medina.
Em agosto do ano passado, o casal foi solto após uma decisão de Moro alegando que diante dos depoimentos prestados por eles, não havia motivo para manutenção da prisão preventiva.
Segundo a denúncia da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, os envolvidos acertaram propinas do grupo Keppel Fels em contratos de plataformas e navios-sondas da Petrobrás. A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) aponta a transferência de 4,5 milhões de dólares a João Santana e Mônica Moura por crimes cometidos diretamente contra a Petrobras. Esse valor correspondia a um montante maior destinado ao PT em decorrência da participação no esquema instaurado.