Política

Início do pagamento do novo Auxílio Brasil não muda o quadro eleitoral

Pesquisa Genial/Quaest mostra que Lula mantém 12 pontos de vantagem sobre Bolsonaro, que está reduzindo a rejeição a seu governo

Por Daniel Pereira Atualizado em 17 ago 2022, 12h47 - Publicado em 17 ago 2022, 07h00

(COMBO) This combination of pictures created on August 16, 2022 shows a file photo taken on June 21, 2022, of former President (2003-2010) Luiz Inacio Lula da Silva (L) attending the launch of his government program guidelines in Sao Paulo, Brazil; and a file photo taken on October 7, 2018, of Brazil's right-wing then presidential candidate for the Social Liberal Party (PSL) Jair Bolsonaro (R) standing in front of the Brazilian flag as he prepares to cast his vote during the general elections in Rio de Janeiro, Brazil. - The race for Brazil's October elections formally opened on Tuesday August 16, 2022, with dueling campaign events by far-right incumbent Jair Bolsonaro and leftist ex-president Luiz Inacio Lula da Silva highlighting the South American giant's deep divides. Front-runners Bolsonaro and Lula, who have in reality been on the campaign trail for months, made it official on opening day with rival events showcasing their polar-opposite styles. (Photo by NELSON ALMEIDA and Mauro PIMENTEL / AFP) — Estabilidade. Diferença entre os dois favoritos não mudou nas últimas duas semanas mesmo com o pacote bilionário de benefícios - (Nelson Almeida/Mauro Pimentel/AFP)

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 17, mostra estabilidade na corrida presidencial mesmo após o governo federal iniciar o pagamento do novo valor do Auxílio Brasil, que foi reajustado de 400 reais para 600 reais e é o carro-chefe de um pacote bilionário de benefícios lançado para dar fôlego à campanha à reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o levantamento, o ex-presidente Lula (PT) lidera em intenções de voto, com 45%, enquanto Bolsonaro marca 33%. A diferença é a mesma de duas semanas atrás, de 12 pontos, já que os dois cresceram um ponto percentual.

Na faixa de renda até dois salários mínimos, alvo preferencial do Auxílio Brasil, o petista subiu três pontos em duas semanas e atingiu 55%. Bolsonaro também cresceu, só que dois pontos, e chegou a 27%. Entre quem ganha de dois a cinco salários mínimos, o presidente recuperou terreno. A desvantagem de Bolsonaro para Lula caiu de nove pontos para quatro pontos, e o placar está agora 41%a 37% a favor do petista.

Apesar de não ter diminuído a diferença para o rival, Bolsonaro conseguiu reduzir a avaliação negativa de seu governo em nichos importantes do eleitorado. Nas duas últimas semanas, a reprovação à sua gestão caiu 5 pontos entre as mulheres e 6 pontos entre jovens de 16 a 24 anos, grupos que dão vantagem a Lula.