Hamilton Mourão defende ação dura no Rio de Janeiro, mas faz um alerta
Senador afirma que megaoperação foi “um sucesso tático”, mas afirma: sem presença permanente, crime voltará a dominar as comunidades
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) defendeu a megaoperação das forças de segurança no Rio de Janeiro, que resultou na morte de 121 pessoas, classificando-a como “um sucesso tático”, embora tenha reconhecido o alto número de baixas e a ausência de resultados estratégicos duradouros.
Em entrevista ao programa Ponto de Vista, apresentado por Marcela Rahal, Mourão afirmou que a ação era necessária para mostrar autoridade do Estado sobre facções que controlam territórios no estado fluminense. “O governo do Rio tinha que demonstrar às facções que é capaz de entrar em qualquer área da cidade. Caso contrário, perde a soberania e o controle territorial, que é sua responsabilidade”, disse.
“O crime resolveu enfrentar a polícia”
O parlamentar destacou que a violência da operação foi resultado da resistência armada do crime organizado. “A criminalidade resolveu enfrentar a polícia. Está muito bem armada e não se rende — atira para matar”, afirmou Mourão, lembrando que quatro policiais morreram e 15 ficaram feridos durante o confronto.
Apesar de elogiar o desempenho das forças de segurança, o senador reconheceu que o objetivo principal não foi alcançado: a prisão do líder da facção que controlava a região. “Ficou claro que o principal alvo não foi capturado. Consequentemente, a organização vai continuar funcionando se não houver ocupação permanente da área pela polícia”, avaliou.
“É uma guerra que exige o Estado inteiro”
Mourão defendeu uma ação coordenada nacional para enfrentar o avanço do crime organizado, especialmente nas regiões metropolitanas. “É uma situação complicada e que vai exigir, em algum momento, um esforço concentrado de todo o Estado brasileiro”, afirmou.
O ex-vice-presidente tem defendido a necessidade de políticas integradas entre governos estaduais e o governo federal, com foco na recuperação do controle territorial e no fortalecimento das forças policiais.
“Enquanto o Estado permitir que grupos armados determinem quem entra ou sai de uma comunidade, não há soberania nem segurança pública. É preciso agir com firmeza e continuidade”, concluiu o senador.
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