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Grupo que comandou o PT por quatro décadas quer ‘renovação’ do partido

Ex-presidentes da legenda, dois deles já presos por corrupção, discutiram com Lula propostas para evitar que lideranças se eternizem

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 jun 2024, 20h39

O presidente Lula teve uma reunião virtual com todos os ex-presidentes do PT, incluindo o ex-ministro José Dirceu, que foi condenado e preso por envolvimento nos escândalos do mensalão e do petrolão, o ex-deputado José Genoino, que foi condenado e preso também no escândalo do mensalão, o ex-ministro Ricardo Berzoini,  defenestrado  após se envolver no “escândalo dos aloprados”,  além do ex-governador Olívio Dutra, do ex-ministro Tarso Genro e do deputado Rui Falcão. Esse grupo ditou os rumos do PT nos últimos 40 anos.

O pauta da reunião com a velha guarda foi a “renovação” do partido. Olívio Dutra disse a VEJA que muito se falou dobre a necessidade de mudança no comando da legenda. “Os mais antigos tem o que dizer, mas não precisam estar se eternizando nas direções. Nós temos que fazer as coisas girarem mais”, afirma o ex-governador do Rio Grande do Sul. “Temos de estimular não só a juventude, mas outros quadros novos para assumir responsabilidades, fazer da política não uma carreira, uma profissão, mas uma ação em torno do projeto coletivo e solidário, que é o projeto que deu origem ao PT”, acrescentou.

O diagnóstico surge num momento em que o partido exerce o poder pela quarta vez e, ao mesmo tempo, enfrenta níveis altíssimos de rejeição. Um dia depois da reunião, Lula conclamou estudantes a ingressarem na política partidária. “Nunca diga que todo político é safado, é ladrão, que você não gosta de política, porque todo cara que fala isso vai ser político”, pregou o presidente. “Sabe quem presta? Você. Então, entre você na política, você é o futuro desse país. Não desistam, assumam a responsabilidade histórica de vocês’.

Lula não estimula novas lideranças

Ainda respondendo a processos na justiça, José Dirceu já confidenciou a amigos que pensa em disputar um mandato de deputado federal por São Paulo. O partido também voltou a incensar nomes como o ex-deputado João Paulo Cunha, outro condenado no mensalão.

Para o cientista político Alberto Aggio, da Universidade Estadual Paulista, dificilmente o PT vai fazer alguma mudança a partir da vontade de personalidades que sempre comandaram o partido. Ele diz que o problema já começa com Lula: “O PT não fará nenhuma renovação verdadeira tendo Lula como principal liderança”. O principal motivo, afirma, é que o presidente nunca estimulou o surgimento de novas lideranças. “O período Lula se encerrará nele mesmo, na trajetória dele, o resto que virá tem que vir com as próprias pernas”, diz Aggio.

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