Governo expulsou quase 1500 funcionários acusados por corrupção, diz CGU
Levantamento mostra que servidores demitidos por envolvimento em algum malfeito representa quase 80% do total de desligamentos entre 2018 e 2023

Um levantamento realizado pela Controladoria-Geral da União (CGU) mostra que o poder Executivo expulsou 1.493 funcionários por envolvimento em casos de corrupção durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A pesquisa feita pela CGU leva em conta informações colhidas pelo órgão até maio deste ano.
Segundo a Controladoria, o ano com maior número de desligamentos de servidores foi em 2020, quando a União demitiu 429 – nove a mais do que no ano anterior. Na reta final do governo Bolsonaro, houve queda na quantidade de expulsões. Em 2021, a CGU totalizou 341 demissões por corrupção. Já no ano passado, foram 303.
O documento elaborado pela CGU reúne dados de 2018 até maio de 2023. Nele, a controladoria indica a “contagem de sanções expulsivas por corrupção”, com divisão das penalidades por ano e por sexo. Pelas informações da controladoria, servidores do sexo masculino são maioria. O ano em que houve o maior número de mulheres expulsas foi em 2018, com 90 desligamentos. Entre janeiro e maio de 2023, o governo federal demitiu 68 servidores acusados por corrupção: 60 homens e 8 mulheres.
No período contemplado pelo levantamento da CGU, a União expulsou, ao todo, 2.022 funcionários públicos. Esse número engloba servidores penalizados por outras razões. Os que sofreram as sanções por envolvimento em corrupção representam quase 80% do total de punidos.