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Fim das agressões: a gratidão dos ministros do STF a Alexandre de Moraes

Magistrados ressaltam que hostilidades contra eles praticamente acabaram graças à ação enérgica do colega

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 Maio 2024, 17h23

Alexandre de Moraes nunca foi uma unanimidade no Supremo Tribunal Federal (STF). Se para fora nenhum ministro se dispunha a tornar públicas certas ressalvas ao modo de atuação do condutor de inquéritos que apuram crimes atribuídos ao ex-presidente Jair Bolsonaro, no bastidor alguns colegas de toga já externaram incômodo com decisões mais duras vindas da caneta de Moraes em investigações que apuram responsabilidades pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 ou no modo como o magistrado controlava julgamentos sensíveis no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A despeito das críticas, Alexandre catapultou o tribunal ao papel de foco de resistência contra flertes golpistas e reuniu um inédito espírito de corpo também porque, como efeito colateral de suas decisões, acabou por controlar as ameaças, críticas e xingamentos que tinham os magistrados como alvo.

Reservadamente, juízes da Suprema Corte resumem o fim dos ataques não a uma reversão da impopularidade do tribunal, ainda na casa dos 28% segundo pesquisa Datafolha, mas ao receio de eventuais punições.

“Acima de tudo, há um sentimento de gratidão por podermos voltar a andar na rua”, resumiu um deles. Ainda assim, são poucos os que hoje mantêm rotinas mínimas em locais públicos. O próprio Alexandre de Moraes, por exemplo, que no governo Bolsonaro se exercitava em uma academia no quartel do Exército, passou a treinar em um local mais reservado em  Brasília.

Desde a eleição de Jair Bolsonaro, em 2018, o STF já vinha reforçando a segurança pessoal dos ministros, ampliando a  quantidade de armamento em posse do tribunal,  contratando guardas pessoais e alugando carros blindados.

No auge do esgarçamento das relações com o Palácio do Planalto, ministros passaram a ser hostilizados nas ruas e nos aeroportos — alguns deles, inclusive, foram obrigados a reforçar a segurança de seus familiares. Depois da ação enérgica e necessária de Alexandre de Moraes,  as agressões praticamente acabaram.

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