Família Bolsonaro abraça a campanha de vacinação
Antes crítico da "vachina", o presidente da República e seus três filhos agora dão preferência à divulgação de mensagens defendendo a campanha

O presidente Jair Bolsonaro foi por muito tempo um dos críticos da “vachina”, ironia que ele fazia publicamente à vacina fabricada na China. Mas agora, quando o país ultrapassa a casa dos 300.000 mortos pela Covid-19, o presidente está concentrando suas mensagens nas redes sociais para divulgar o número de doses de vacinas distribuídas pelo governo a estados e municípios. Nos últimos dias, Bolsonaro já divulgou vários posts com número atualizado de doses.
Os filhos do presidente também mergulharam de cabeça nessa campanha de vacinação contra Covid-19. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) está publicando um “vacinômetro”, com o número de doses distribuídas pelo governo federal no país, de 32,6 milhões de doses até este sábado. Carlos foi além, ele anunciou ter apresentado na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro um projeto de lei para que seja extendido o horário de vacinação no município. Carlos vinha dando preferência a mensagens com críticas ao lockdown imposto à população pelos governos estaduais. Apesar de apoiar proteção da população pela vacinação, a família Bolsonaro defende a abertura do comércio e o fim das restrições de locomoção aos pedestres.
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), um dos fiadores da nomeação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já divulgou mais de dez notícias esta semana sobre a campanha de vacinação em suas redes sociais, sempre destacando o número de doses distribuídas para estados e municípios. Um dos posts divulgados por Flávio foi a promessa que o ministro da Saúde fez de vacinar 1 milhão de pessoas por dia.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) tornou-se um entusiasta da vacina criada com 100% de tecnologia nacional, com financiamento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações. Eduardo, que tem se mostrado um dos filhos mais raivosos do presidente nas redes sociais, não deixou de brigar com o governador de São Paulo, João Dória, em torno da autoria da primeira vacina brasileira.