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“Eu amo o Bolsonaro”, diz a ex-ministra das Mulheres

Candidata ao Senado por Brasília, Damares Alves defende o presidente das acusações de misogenia e diz que é alvo de preconceito por ser evangélica

Por Leonardo Caldas
3 set 2022, 18h37

No primeiro debate com candidatos à presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) arranhou um pouco mais sua imagem junto ao eleitorado feminino, depois de responder de modo ríspido a uma pergunta de uma jornalista. A última pesquisa da Quaest apontou o petista Lula com 45% das intenções de voto entre as mulheres, enquanto o ex-capitão aparece com apenas 29%.  Candidata ao Senado pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos) não acredita nesse panorama negativo. Prova disso, segundo ela, é sua própria campanha.  A ex-ministra da Mulher do governo Bolsonaro entrou na disputa na última hora, não tinha estrutura nem planejamento. Novata na política, já aparece em segundo lugar nas pesquisas e, diferente da maioria das candidatas, não esconde quem é o seu principal cabo eleitoral. Pelo contrário.

O presidente Bolsonaro é acusado pelos adversários, especialmente as mulheres, de misoginia. Isso prejudica sua campanha? As pesquisas indicam que ele tem rejeição entre as mulheres, mas a rua não tem demonstrado isso. Por onde ele passa se percebe um carinho muito grande. Quando falam nesse assunto tem que separar  o ativismo do direito da mulher. Temos que pensar na mãe. A mãe ama o Bolsonaro. A mãe conhece o capitão como protetor, como o homem que aumentou o benefício social. Essas mulheres reconhecem o homem de fato que Bolsonaro é. Agora quando você sobe isso para um ativismo de direito da mulher, de misoginia, aí existem mulheres que reagem contra ele.  Mas eu aposto que o voto feminino vai surpreender nas urnas.

E as acusações de misoginia? Essas mulheres não sabem nem o que é misoginia. Elas não sabem tudo que o capitão fez pela pauta da mulher. Ele luta pela universalização dos direitos. Bolsonaro buscou as mulheres que estavam invisíveis. A cigana, a quilombola, a ribeirinha, a marisqueira nunca tiveram quem fizesse tanto por elas. Ele fez não para usar como massa de manobra, mas para dar cidadania. Essa turma do ativismo é seletiva.

Como assim?  Quem é que colocaram agora como defensor das mulheres? O Ciro Gomes. Ele me agrediu e ninguém protestou. Impetrei uma ação judicial contra ele. Ele disse que eu era uma bandida, nazifascista. Isso não é agressão? Ele vai ter que provar. Perdi em primeira instância porque alegaram que teria entrado após o prazo de seis meses da ofensa. Apelei e provei que tive conhecimento do vídeo depois desse período. O Ciro nem me conhece pra dizer isso. Sou mãe e sou cristã.

Por que a senhora defende o presidente com tanta ênfase? Eu amo o Bolsonaro. Conheci ele no Congresso Nacional, lutando por todas as causas. O que me atraiu naquela época foi exatamente o respeito que ele tinha com todas as assessoras e mulheres que passavam por ali. Sabe aquele sujeito que está sempre rodeado pelos filhos, os meninos sempre estavam com ele, olhando com admiração. Ele sempre priorizou a família.

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É verdade que o presidente lhe pediu para entrar na disputa pelo Senado? Eu já havia desistido, é verdade. Eu briguei com Deus naquele momento. Depois, percebi que os aliados estavam escondendo o presidente em suas pré-campanhas. Levantei do sofá de casa e disse: Bolsonaro vai ter uma candidata pedindo muito voto para aqui. Mas eu precisava da benção do capitão e quando ele disse que me abençoava fui em frente. Eu não preciso dizer que eu sou Bolsonaro. Todo mundo sabe, só tenho que mostrar minhas propostas. Eu estou com pressa, as crianças tem pressa.

A senhora se considera alvo de preconceito por ser evangélica? Claro que sim. Olha o que aconteceu comigo. O que fizeram comigo foi muito grave. Uma evangélica não pode ser ministra dos Direitos Humanos? Por que zombaram de mim quando disse que encontrei Jesus no pé de goiaba. Por que riram de uma experiência de fé de uma menina que estava em profundo sofrimento? Eu tinha sido estuprada. Será que se  fosse de esquerda teriam rido assim?  Fui um exemplo de intolerância religiosa. Me pintaram como louca e fanática.

E agora na campanha, isso atrapalha? Não cola mais. Uma das minhas propostas está na garantia de liberdades. Nenhuma liberdade a menos e a religiosa está entre elas. Não é a liberdade de culto, mas a de expressar a fé. Eu respeito o estado laico mais que ninguém. Quero que entendam que Jesus mora em mim.

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