Estrutura do show de Lady Gaga em Copacabana terá área VIP e público a 150 metros do palco
Evento acontece neste sábado; espaço foi vistoriado por vereador

Marcado para este sábado, 3, o show da cantora Lady Gaga na Praia de Copacabana promete receber mais de um milhão de pessoas, entre cariocas e turistas. A ideia é repetir a receita do ano passado, quando a também americana Madonna se apresentou para uma multidão gratuitamente, no bairro da Zona Sul do Rio. Em uma visita ao local para vistoriar a montagem do evento, contudo, o vereador Fernando Armelau (PL) constatou que o público geral ficará cerca de 150 metros de distância do palco, diferentemente de uma área VIP, reservada para convidados, que terão acesso e visão privilegiados.
O espaço, localizado logo abaixo do palco, conta com uma área dedicada a um dos patrocinadores do evento, bares e pontos de alimentação, além de um piso que protege o espaço da areia da praia. A área é delimitada por barreiras, que a separam do restante da praia, onde ficarão a maioria dos espectadores.
O parlamentar destaca que o evento é em parte custeado por verbas públicas: segundo Armelau, dos 92 milhões de reais estimados, 15 milhões de reais estão sendo pagos diretamente pela Prefeitura à Bonus Track Entretenimento Ltda, a mesma responsável pelo show de Madonna, em Copacabana, no ano passado. No total, a empresa acumula 25,3 milhões de reais em contratos pagos com dinheiro público.
“O impacto econômico é inegável, mas, conforme apontado pela própria Prefeitura, o retorno efetivo para os cofres do Município não cobre os valores investidos no evento. Não somos contra eventos culturais, muito pelo contrário. Eles geram empregos, movimentam o comércio e trazem visibilidade à cidade”, pondera o vereador, que completa.
“O problema é usar dinheiro do contribuinte sem critério claro e sem transparência”, diz Armelau, autor de um projeto de lei que prevê a criação de uma plataforma digital pública que para divulgar as estimativas e os dados reais de arrecadação, permitindo à população e aos órgãos fiscalizadores acompanharem o impacto econômico desses eventos.