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Entrevista a VEJA: ‘São sucessivos abusos’, diz Eduardo Bolsonaro sobre Moraes

Deputado afirma que ministro pratica jogo de cartas marcadas contra seu pai e fala pela primeira vez de forma explícita em concorrer ao Planalto

Por Mauricio Lima, de Dallas
Atualizado em 30 Maio 2025, 17h12 - Publicado em 29 Maio 2025, 19h06

Em meio a mais uma crise institucional que envolve o Supremo Tribunal Federal e a base de apoio ao ex-presidente, que é o réu principal do julgamento em curso por tentativa de golpe, um dos personagens centrais do embate, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), resolveu partir para o ataque. Alvo de investigação da Procuradoria-­Geral da República por suposta articulação de sanções internacionais contra o ministro Alexandre de Moraes, o parlamentar deu uma entrevista exclusiva a VEJA em Dallas, nos Estados Unidos, onde tem vivido os últimos meses — longe do Congresso Nacional, mas no centro de articulações políticas e diplomáticas que acendem alertas em Brasília.

A entrevista, que aconteceu num escritório de advocacia de um amigo do deputado, ocorre num momento de ebulição. A tensão entre bolsonaristas e o STF atingiu um novo patamar após a revelação de que o filho do ex-presidente tem atuado, nos bastidores, para que o governo Donald Trump adote sanções formais contra Moraes, incluindo restrições de entrada nos Estados Unidos e bloqueio de movimentações financeiras do escritório de sua mulher, Viviane. Na última quarta-feira, 28, tomou forma um ato nessa direção: o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou uma nova política de visto que tem como alvo estrangeiros que censuram americanos, mas sem citar Moraes. Há alguns dias, no entanto, Rubio havia dito durante audiência na Câmara americana que o ministro poderia ser alvo de sanções.

A ideia de retaliar decisões do Supremo brasileiro com apoio de potências estrangeiras reacendeu o debate sobre os limites da imunidade parlamentar e sobre a radicalização da direita no Brasil. O imbróglio gerou ainda a reação da Justiça daqui, a partir de uma representação do deputado petista Lind­bergh Farias junto à Procuradoria-­Geral da República. Com base nela, Paulo Gonet, chefe da PGR, pediu ao STF a abertura de um inquérito para investigar Eduardo Bolsonaro. A relatoria foi entregue a Alexandre de Moraes, que deu aval imediatamente ao início da ação e determinou que Jair Bolsonaro seja interrogado nos próximos dias, sob os pretextos de que ele é responsável pela manutenção financeira do filho nos Estados Unidos e de que estaria sendo beneficiado pela movimentação dele junto a políticos americanos.

Durante a conversa com a reportagem de VEJA, Eduardo não apenas defendeu sua atuação como legítima, como também dobrou a aposta: disse que Alexandre de Moraes se comporta como “um tirano”, que há perseguição política em curso no Brasil e que as instituições precisam de uma “descontaminação”. Foi além: sugeriu que sua saída do Brasil se deu por razões de segurança pessoal e de liberdade política, uma justificativa que, para os críticos, escancara a desconfiança cada vez mais aberta do clã Bolsonaro em relação às instituições brasileiras.

ORDEM - Moraes: Bolsonaro deve ser ouvido no processo contra o filho
ORDEM - Moraes: Bolsonaro deve ser ouvido no processo contra o filho (Rosinei Coutinho/STF)

Mas Eduardo não falou apenas como filho do ex-presidente ou como voz dissidente. Falou pela primeira vez de forma explícita como um possível candidato a voos mais altos em 2026. Ao longo da entrevista, ensaiou frases de presidenciável, falou da necessidade de retomar o que chamou de “rumo liberal-conservador”, afirmou que o Brasil perdeu sua soberania institucional e que há uma elite burocrática disposta a “sabotar qualquer tentativa de transformação profunda”. “Obviamente, se for uma missão dada pelo meu pai, vou cumprir. Inclusive meu nome já figurou em algumas pesquisas, né? Fiquei feliz”, disse, ao ser questionado sobre a possibilidade de disputar o Palácio do Planalto em 2026.

O deputado também avaliou o governo Lula, criticando aquilo que chamou de “reconstrução da velha política” e mencionando retrocessos em pautas econômicas e de segurança pública. Ao mesmo tempo, não poupou autocrítica: reconheceu que o governo do pai cometeu erros, especialmente na articulação política e na comunicação institucional, embora tenha defendido os quatro anos de Jair Bolsonaro como “os mais transparentes e patrióticos da história recente”.

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“O Brasil deveria ter tido a decência de conseguir parar o Alexandre de Moraes. Isso não aconteceu. Por isso, tivemos que recorrer aqui às autoridades americanas”

A entrevista também revelou um Eduardo mais calculista. Mesmo mantendo o tom confrontador, o deputado parece mirar num papel maior do que o de provocador de redes. Em vários momentos, buscou mostrar-se como uma figura preparada para liderar, não apenas para polemizar. O deputado pretende ser protagonista de um novo ciclo. Um ciclo em que, segundo ele próprio, será necessário para “resgatar o espírito de 2018, sem cometer os erros de 2022”. A seguir os principais trechos da entrevista.

Como reage à abertura de investigação da PGR? Não tem nada de ilegal na minha atividade aqui. Se eu tivesse fazendo algum ato criminoso, então as autoridades americanas com as quais eu me relaciono também estariam cometendo o mesmo delito. Eles nunca levaram a sério o trabalho que venho realizando nos Estados Unidos, faziam chacota. Acordaram quando o deputado americano Cory Mills, da Flórida, perguntou numa audiência no Congresso ao secretário de Estado, Marco Rubio, sobre a possibilidade de Moraes ser sancionado. Rubio disse que existia uma grande probabilidade. O início ocorreu agora com os vistos.

Mas o senhor está se movimentando? Se é uma conduta reiterada, é uma conduta que há um bom tempo eu pratico. A investigação contra mim deu a oportunidade de provar aos americanos e ao mundo tudo o que sempre falamos: que de fato o Brasil está vivendo um regime de exceção.

Pode detalhar o que vem fazendo nos Estados Unidos? A gente vem tendo reuniões periódicas na Casa Branca e no Congresso. Falo também com Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, e com o presidente Javier Milei. Fico muito satisfeito de me sentir útil. E a prova maior disso é que agora esse regime “Alexandrino” acordou. Agora é tarde demais.

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A nova política de visto anunciada por Marco Rubio pode ser o início de um pacote de medidas do governo Trump contra Moraes? Estou muito confiante. Não dá para falar em 100%, mas eu diria que há 99% de chance. O Brasil deveria ter tido a decência de conseguir parar o Alexandre de Moraes. Não aconteceu. Por isso, tivemos que recorrer aqui às autoridades americanas. Vamos dar assim o primeiro passo para resgatar a democracia brasileira. O STF hoje derruba aquilo que foi aprovado pelo Congresso. Não é uma democracia saudável.

Como é que o senhor acha que deveria ser o relacionamento entre o Poder Executivo, o STF e o Congresso Nacional? É atender ali a nossa Carta de 1988. A Suprema Corte só atua nas causas constitucionais que são pertinentes a ela. Os próprios juízes do STF às vezes reclamam que são vários processos, têm muita coisa para julgar, mas eles também não delimitam a sua competência. O Congresso Nacional, por outro lado, hoje vive sob ameaça. Você viu o que aconteceu quando o presidente da Câmara, o Hugo Motta, foi eleito? A Polícia Federal fez uma operação contra a pequena prefeitura comandada pelo pai do Hugo Motta. Dias depois, ele teve um jantar com Alexandre de Moraes e, na sequência, mudou o seu discurso sobre o 8 de Janeiro. O STF se relaciona na base da extorsão com os outros poderes.

CONFLITO - Marco Rubio e Paulo Gonet: o procurador reagiu diante da ameaça de um pacote de retaliações a autoridades brasileiras vindo do governo dos Estados Unidos
CONFLITO - Marco Rubio e Paulo Gonet: o procurador reagiu diante da ameaça de um pacote de retaliações a autoridades brasileiras vindo do governo dos Estados Unidos (Kevin Dietsch/Getty Images; Rosinei Coutinho/STF)

Por que suas críticas mais duras são sempre direcionadas a Alexandre de Moraes? Ele sabe que ele vai sair derrotado porque não tem a verdade ao lado dele. Há quanto tempo está aberto o inquérito das fake news? Desde 2019. E provou o quê? Nada. Na história do STF, com muito menos tempo de investigação, inquéritos foram trancados porque ultrapassaram o limite do razoável. Mas contra o Jair Bolsonaro isso daí não vale, né?

Há elogios à atuação do STF a partir de um conceito de que tudo o que foi feito é em razão da defesa da democracia. Todo ditador diz defender a democracia ou um bem maior. Para fazer isso acontecer, eles esmagam as liberdades do seu povo.

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“O STF derruba aquilo que foi aprovado pelo Congresso e se relaciona na base da extorsão com os outros poderes. Não é uma democracia saudável”

Qual sua opinião sobre a grande acusação contra seu pai hoje, que é a de uma tentativa de golpe? Golpe da Disneylândia. Imagine o roteiro. Primeiro, vou esperar sair da Presidência, mas antes disso vou nomear os chefes militares do meu sucessor, a quem eu quero derrubar. Depois, no segundo momento, antes de acabar o meu mandato, vou viajar para outro país. Mas vocês aí, 1 500 pessoas que eu estou mandando dar o golpe, por favor, sigam firmes e fortes. Ah, a propósito, no dia de derrubar o governo, vocês vão para lá sem armas. Ora, isso tudo daí é surreal.

Não houve golpe? O próprio ministro da Defesa do Lula, José Múcio, disse que não foi golpe. Quantas vezes a esquerda já não fez atos muito piores? Já machucaram PMs durante manifestações do MST, tocaram fogo em ministérios… E essas pessoas não foram sequer investigadas.

Mas há elementos na investigação que mostram que um grupo de militares estava planejando, inclusive, o assassinato do Lula, do Geraldo Alckmin e do próprio Alexandre de Moraes. Como é que o senhor responde a essas descobertas? Isso tudo é falácia, é tudo espuma. As pessoas estão pagando o pato para que o Alexandre de Moraes construa narrativa para justificar uma condenação do Jair Bolsonaro. No meu inquérito, adivinha quem é o relator? Alexandre de Moraes. Esse é o cara imparcial, é o juiz natural de um caso para me julgar. Logo eu que estou aqui no exterior denunciando os abusos que ele tem cometido. São sucessivos abusos. Para piorar, agora o PGR, que eu também denuncio aqui no exterior, virou o acusador do meu processo. É claro que todo mundo sabe o resultado final disso. O mesmo ocorre com o meu pai, que está jogando um jogo de cartas marcadas, onde ele já está condenado. Esse novo inquérito visa também me condenar, provavelmente para me tirar da corrida de 2026. O objetivo do Moraes é claro: acabar com o movimento liderado por Jair Bolsonaro. É só esse.

O senhor foi eleito deputado federal por São Paulo, mas está morando agora nos Estados Unidos. Não deveria estar cumprindo seu mandato? Meu trabalho aqui nos Estados Unidos se tornou único. É muito mais importante a gente estar aqui fazendo esse trabalho para segurar o ímpeto ditatorial do Alexandre de Moraes e das pessoas que o rodeiam do que estar no Brasil.

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ELOGIOS - Sobre Michelle: “Ela tem uma rejeição muito baixa e um discurso muito próximo das pessoas evangélicas”
ELOGIOS - Sobre Michelle: “Ela tem uma rejeição muito baixa e um discurso muito próximo das pessoas evangélicas” (Marina Uezima/BRAZIL PHOTO PRESS/AFP)

O senhor tem planos de voltar? Sim. Agora, para voltar para o Brasil, a gente tem que ter uma segurança mínima de um ambiente onde um deputado federal vai poder falar e não ser investigado, como eu estou sendo agora. A gente tem muita coisa para mudar. Primeiro, precisamos resgatar as liberdades. Depois, a gente tem que mudar um pouquinho as condições do Brasil, para que não seja mais o sonho da classe média ter um carro à prova de bala.

“Pretendo voltar para o Brasil. Para que isso aconteça, a gente tem que ter uma garantia mínima de um ambiente onde um deputado federal vai poder falar e não ser investigado, como eu estou sendo agora. Precisamos resgatar as liberdades”

Pensa em ser candidato a presidente da República? Obviamente, se for uma missão dada pelo meu pai, vou cumprir. Inclusive meu nome já figurou em algumas pesquisas, né? Fiquei feliz. Mas eu acho que, numa democracia normal, quem deveria ser o candidato é o Jair Bolsonaro, que inclusive lidera diversas pesquisas.

DESCARTADO? - Tarcísio: declarações de que vai concorrer à reeleição em SP
DESCARTADO? - Tarcísio: declarações de que vai concorrer à reeleição em SP (Governo do Estado de SP/.)
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Qual é sua visão econômica sobre o Brasil? Seria muito daquilo do que foi praticado por Bolsonaro e Paulo Guedes. Eu sou um fã do discurso do Paulo Guedes, quando ele fala em mais Brasil, menos Brasília. Significa menos poder concentrado na elite burocrática de Brasília e mais poder e dinheiro no bolso do trabalhador. Menos impostos, menos burocracias. Também buscaria investimentos internacionais, criando um ambiente de segurança jurídica, onde o investidor realmente possa vir ao Brasil e aplicar o seu dinheiro. O governo precisa trabalhar para deixar mais confortável a vida de quem quer empreender e de quem quer trabalhar. É copiar o modelo de sucesso americano.

Quem seria seu ministro da Fazenda? Certamente não seria alguém da linha do Fernando Had­dad. A gente já viu que, quanto maior o Estado, mais margem há para a corrupção, mais ineficiência. Escolheria alguém da linha de pensamento mais liberal.

“Meu ministro da Fazenda não seria alguém como o Haddad. Escolheria um nome da linha liberal. O governo precisa trabalhar para deixar mais confortável a vida de quem quer empreender e de quem quer trabalhar. É copiar o modelo dos Estados Unidos”

Outro ponto muito importante na vida do brasileiro é a segurança. Que projeto o senhor teria para essa área? Eu visitei, não faz muito tempo, os presídios de El Salvador. Vi de perto o enfrentamento à criminalidade, transformando El Salvador, que era o país mais violento do mundo em 2016, para o mais seguro do Hemisfério Ocidental na atualidade. O presidente Nayib Bukele enfrentou o problema principal, que era o desencarceramento. A atuação dele ao prender os criminosos foi sensacional. É por isso que não tem mais crime por lá. É por isso que a sociedade colocou Bukele com cerca de 90% de aprovação. E é isso daí que eu acho que seria o ideal da gente fazer no Brasil.

MODELO - Nayib Bukele, de El Salvador: política de encarceramento em massa
MODELO - Nayib Bukele, de El Salvador: política de encarceramento em massa (Marvin Recinos/AFP)

Bukele recebe críticas porque pessoas inocentes estariam sendo presas… Hoje a taxa de assassinato deles é menor do que a do Canadá. Não tem como essas críticas prosperarem. É um trabalho muito exitoso. Claro, pode haver algum inocente que seja preso. Não existe sistema perfeito.

Voltando à política, diante da inelegibilidade de seu pai, muitos parlamentares e representantes do mercado financeiro defendem que ele indique Tarcísio de Freitas como candidato no ano que vem. Por que isso não acontece? O Tarcísio é um excelente gestor. Mas ele tem dito que o objetivo dele é a reeleição ao governo de São Paulo. Foi um excelente ministro da Infraestrutura. Mas eu não sou dono da vontade de Jair Bolsonaro. Quem vai dizer o candidato hoje é ele. Eu ainda acho que Jair Bolsonaro poderá se candidatar, até porque ele está inelegível por motivos esdrúxulos.

O senhor tem dúvidas sobre o resultado da eleição de 2022? Tenho dúvidas. Muito foi propagandeado que o sistema é inviolável, mas o próprio TSE reconhece que houve uma invasão em 2018. Por mais que o Alexandre de Moraes tenha transformado esse inquérito em sigiloso, a PF abriu o inquérito a mando da (então) presidente Rosa Weber do TSE. Em virtude disso tudo, o cidadão é merecedor de ter uma transparência maior. O voto impresso nunca foi uma pauta da direita ou da esquerda.

Outro nome muito cogitado na ausência de seu pai nas eleições é o da ex-primeira-dama Michelle. O que o senhor acha dessas especulações? A Michelle tem uma rejeição muito baixa, um discurso muito próximo das pessoas evangélicas e da pauta das mulheres. Mas é o Jair Bolsonaro, na verdade, quem vai decidir. Acho que vai ser difícil tirar dele a possibilidade de concorrer. Mais uma vez, acredito que há uma chance, que há uma luz no fim do túnel pra gente corrigir a democracia brasileira e conseguir colocá-lo como candidato.

Vê direita no Brasil sem bolsonarismo? Não. Ele é o líder. Por onde a gente anda pelas ruas, o clamor segue o mesmo ou talvez até maior do que aquele que estava na eleição de 2022. Então, com certeza, o Bolsonaro continua sendo o grande player não só da direita, mas das próximas eleições.

RELAÇÕES - Com o pai e Donald Trump, em foto de 2019: proximidade com o republicano desde a Presidência de Bolsonaro
RELAÇÕES – Com o pai e Donald Trump, em foto de 2019: proximidade com o republicano desde a Presidência de Bolsonaro (@bolsonarosp/Instagram)

O senhor falou de vacina e durante a pandemia o senhor se vacinou e seu pai, não. Em que mais é diferente dele? Tomei e me arrependi. Duas, três semanas depois, peguei a covid. Acredito que o governo Bolsonaro teve muito mais acertos do que erros. Faltou ali uma estratégia para você colocar adiante os grandes feitos do governo. Levamos água ao Nordeste, aumentamos o Auxílio Brasil, fizemos a independência do Banco Central, o marco do saneamento… Foram muitos, muitos acertos.

“Não há direita no Brasil sem Jair Bolsonaro. Ele é o líder. Por onde a gente anda nas ruas, o clamor segue o mesmo ou talvez até maior do que aquele que estava na eleição de 2022. Ele continua sendo o grande player não só da direita, mas das próximas eleições”

Quando é que o senhor se descobriu de direita? Foi quando eu saí da Universidade Federal do Rio de Janeiro e comecei a ter relação com o mundo real. Quando eu comecei a trabalhar, pagar minhas próprias contas, aí você percebe que no mundo, na verdade, você é que tem que correr atrás do seu próprio sucesso. Ninguém vai fazer por você. Eu sou de direita porque eu quero que o pobre tenha emprego e renda, porque esse é o melhor programa social.

Acha que seu pai vai ser preso? Eu acho que a gente vai conseguir reverter a tempo esse julgamento de cartas marcadas. A gente vai conseguir segurar o ímpeto do Alexandre de Moraes. Mas, se ele optar por esse caminho radical de prender uma pessoa inocente, uma pessoa que não roubou o dinheiro público, uma pessoa que continua tendo a sua vida nos mesmos padrões de sempre, então, a gente aqui nos Estados Unidos vai fazer de tudo possível para acionar as alavancas do governo para que as autoridades americanas, se assim entenderem, sancionem ao máximo o Moraes e as pessoas financeiramente ligadas a ele.

O senhor recebeu críticas por uma frase em que dizia que para fechar o STF bastava “um cabo e um soldado”. Arrepende-se do episódio? A frase saiu ali no meio de um encontro com estudantes de um curso preparatório para concurso público e, na hora, lembro de dizer que não era algo para se levar ao pé da letra. Como Jair Bolsonaro diz, foi uma das caneladas. Mas foi uma frase também tirada de contexto. Quatro meses após eu ter dito essa frase, a esquerda trouxe o episódio na campanha de 2018 para tentar colocar na gente o rótulo de antidemocrático, coisa que nós comprovamos na prática que não somos.

Publicado em VEJA de 30 de maio de 2025, edição nº 2946

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