Empresa que pertenceu a Jair Renan foi fechada dias antes de operação
Polícia apura envolvimento de grupo com estelionato, falsificação, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro

Filho Zero Quatro de Jair Bolsonaro, Jair Renan foi alvo de uma operação realizada pela Polícia Civil do Distrito Federal que apura crimes de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, falsificação e lavagem de dinheiro. O grupo adulterava documentos para registrar e vender armas de fogo e promovia cursos de tiro através de empresas que estavam em nome de laranjas. Uma dessas empresas pertenceu a o filho do ex-presidente.
A polícia ainda tenta identificar qual é o papel de Zero Quatro no esquema, já que Jair Renan, alvo de um mandado de busca, transferiu a titularidade de um antigo negócio a um investigado no caso. Segundo o inquérito, esse grupo também utilizava essas empresas para obter vantagens financeiras a partir da inserção de informações falsas em documentos que eram utilizados para várias finalidades, como abrir contas, conseguir empréstimos e sonegar impostos.
Na operação desta semana, a Polícia Civil prendeu o empresário Maciel Alves Carvalho, de 41 anos, apontado como mentor do esquema. Ele também era dono de um clube de tiros em Brasília, além de ter sido instrutor de Jair Renan. Os investigadores suspeitam que Maciel usava o clube de tiro como fachada para comprar e vender armas ilegais.
Maciel tinha um sócio no clube de tiros: Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos, que também foi alvo de mandados de busca. Em março deste ano, Santos também passou a ser dono da antiga empresa que pertencia a Jair Renan e que chegou a ser investigada pela Polícia Federal. De acordo com o advogado de Santos, o filho do ex-presidente “doou” a empresa .
Poucos dias antes da operação, Santos encerrou as atividades e informou à Receita Federal que encerrou as atividades da Bolsonaro Jr Eventos. Revelada por VEJA, a doação é um dos fatos investigados pela polícia.