Em SP, outro homem é preso por ejacular em passageira no ônibus
Passageiros agrediram o abusador antes da chegada dos policiais militares
Um homem foi preso em flagrante por prática de ato obsceno depois de se masturbar e ejacular na perna de uma passageira dentro de um ônibus na zona leste de São Paulo, na manhã desta quarta-feira.
O ônibus pertence à linha municipal 4311 (Parque São Pedro/São Mateus) e passava pela Rua Melo Freire, no Tatuapé, quando a mulher e outros passageiros perceberam o abuso. De acordo com a Polícia Militar (PM), o homem chegou a ser agredido por outras pessoas que estavam no coletivo.
O motorista ajudou a deter o suspeito. Com a chegada da PM, o homem foi levado e autuado em flagrante. Por volta das 11h, o detido e as testemunhas chegaram ao 30º Distrito Policial da cidade, no Tatuapé. Até a publicação da matéria, não havia sido informado se o rapaz irá permanecer preso.
Em nota, o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo disse lamentar o caso e afirmou que, assim como nas ocasiões anteriores, o motorista e cobrador agiram corretamente ao tomar as providências para que o agressor fosse preso por agentes policiais.
“Uma vez mais, a entidade solicita ao governo estadual e aos seus órgãos de segurança o rigor na fiscalização e a punição aos criminosos que molestam passageiros no transporte público”, disse o sindicato.
Outro caso
O crime ocorre após a repercussão causada pelo caso de Diego Ferreira de Novais, que foi solto por determinação do juiz José Eugênio do Amaral Souza Neto, em 29 de agosto, após ter ejaculado em uma jovem dentro de um ônibus na Avenida Paulista. Souza Neto entendeu não ter havido “constrangimento” nem “violência” na ocorrência, o que impedia o abuso de ser caracterizado como estupro.
Dias após ser solto, Novais foi preso por se masturbar em frente a uma passageira, em um coletivo na Avenida Paulista. Em oito anos, ele acumulou dezessete passagens semelhantes na polícia.
No início do mês, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou Novais a dois anos de prisão em regime fechado por um ataque sexual cometido em 2013. Em setembro daquele ano, segundo a decisão, Novais colocou o dedo na vagina de uma passageira dentro de um ônibus na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, na região dos Jardins.
(Com Estadão Conteúdo)