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Em meio a debandada, deputados do PT vão partir para corpo a corpo com indecisos

A despeito do esforço dos petistas, o PP, que tem a terceira maior bancada da Casa, deve anunciar o apoio ao impeachment contra a presidente Dilma nesta tarde

Por Da Redação 12 abr 2016, 15h12

Um dia depois da aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Comissão Especial, deputados do PT se reuniram nesta terça-feira para fazer um balanço do placar que acendeu o sinal de alerta no Planalto pela diferença maior do que a esperada de votos favoráveis à destituição da petista. Em reunião a portas fechadas, os petistas buscaram alternativas para reverter a derrota no plenário da Câmara dos Deputados e decidiram partir para um corpo a corpo com parlamentares indecisos, tentando pregar a máxima de que o impeachment de Dilma seria um “golpe”. Na contramão do esforço, porém, nesta tarde o PP, terceira maior bancada da Casa, deve anunciar o apoio à ação contra a presidente da República.

Após quase três horas de reunião, o líder da bancada petista, deputado Afonso Florence (BA), evitou o tom pessimista e afirmou que a “tropa” está animada e considera que ontem foi um dia de vitória política, negando as avaliações feitas por palacianos. Ele ponderou que no início do processo dizia-se que o apoio a Dilma alcançaria apenas 16 votos – a comissão aprovou o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) por 38 a 27.

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Em uma força-tarefa para salvar Dilma na votação marcada para este domingo, os deputados vão mirar nos parlamentares que se mostram indecisos, concentrados principalmente em partidos médios, como o PSD e o PR, e nanicos, como o PHS e o PTN. “A gente pega o quadro dos decididos e dos indecisos, pega o relatório, o noticiário e mostra que o país está dividido entre os que defendem o golpe – o impeachment – e o movimento democrático de massas com intelectuais, artistas que são contra o governo, contra o PT e contra o impeachment, porque não tem crime de responsabilidade”, afirmou Florence.

“Nós vamos tentar mostrar que a conta que se paga para a história é ir para a lata do lixo”, continuou, repetindo o tom de ameaça feito nesta segunda, durante a votação no colegiado, quando afirmou que deputados pró-impeachment “não teriam sossego”.

Apesar do esforço, o cenário se mostra bastante incerto na Câmara dos Deputados. Nesta terça-feira, partidos vão se dedicar a fazer uma série de reuniões para definir qual rumo seguir após a aprovação do impeachment na comissão especial. Terceira maior bancada, com 51 deputados, o PP na Câmara deve anunciar nesta tarde que vai desembarcar do apoio da presidente Dilma. Durante a votação, o líder liberou os deputados. A expectativa é a de que entre 30 e 35 pepistas votem contra Dilma.

O PR também se reuniu nesta manhã. Após o encontro, a bancada soltou uma nota em que afirma que o deputado Aelton Freitas (MG) será o novo líder, em substituição a Maurício Quintella (AL), que deixou o posto para votar contra Dilma. No texto, Aelton reitera sua posição governista de votar em favor do mandato da presidente da República e pondera que não há necessidade de “fechamento de questão” para que a legenda confirme ampla maioria pró-Dilma neste domingo. Nos bastidores, porém, a bancada segue divida. Para Quintella Lessa, entre 25 e 30 deputados, dos 40 da bancada, devem votar contra Dilma.

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