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Em atos pró-Bolsonaro, estados com histórico de motins são foco de temor

Às vésperas do feriado, autoridades destacam aproximação de Bolsonaro das forças de segurança e se preocupam com possível insubordinação de PMs no Norte

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Letícia Casado Atualizado em 5 set 2021, 12h47 - Publicado em 5 set 2021, 12h27

Às vésperas do feriado de Sete de Setembro, quando estão previstos atos em apoio ao governo do presidente Jair Bolsonaro, a postura das polícias militares em todo o país é acompanhada com lupa por partidos políticos e por integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo: eles acreditam que, ao menor sinal de faísca, a corporação atuará, sim, para separar tumultos, mas tenderia a ficar “a favor” da ala bolsonarista nas manifestações.

O diagnóstico leva em conta, entre outros pontos, a aproximação que o presidente mantém com a base dos quartéis. As agendas com cerimônias de formatura de cadetes são rotina no dia a dia do ex-capitão. No primeiro ano de governo, segundo levantamento de VEJA, ele esteve presente em pelo menos 46 solenidades envolvendo pautas militares. Completada a primeira metade dos quatro anos de administração, a presença de Bolsonaro foi contabilizada em quase 30 eventos voltados exclusivamente e formaturas de soldados e de policiais.

Também são fatores de preocupação de partidos e magistrados que têm monitorado os sinais pré-feriado o fato de alguns estados, como Pernambuco, Ceará e Espírito Santo, terem histórico de motins das forças de segurança e a avaliação de que capitais da região Norte têm a tendência de menos subordinação nas estruturas dessas PMs e, consequentemente, maior risco de fardados participarem das manifestações. Para evitar provocações desnecessárias, políticos de esquerda estão sendo aconselhados a se manterem longe dos protestos.

A despeito de cada passo dos atos de Sete de Setembro estar sendo esquadrinhado, ministros do STF não acreditam em episódios de violência generalizada e quebradeira pelo país. Alvo preferencial do recente ataque do presidente ao Supremo, o ministro Alexandre de Moraes é um dos que contabiliza, a preço de hoje, que os atos da próxima terça-feira estão longe de se transformarem em capítulos de vandalismo urbano.

O magistrado tem mantido contato constante com os secretários de segurança dos Estados e recebido relatos das cúpulas estaduais de que o monitoramento das polícias não indicava potenciais situações atípicas. A senadores que o procuraram na semana passada após Jair Bolsonaro ingressar com um pedido de impeachment contra ele no Senado, Moraes afirmou que a eventual sublevação da PM é antidemocrática e que o Supremo está fechado na posição de não aceitar arroubos autoritários. Pelo sim, pelo não, Alexandre de Moraes e sua família terão a segurança reforçada no feriadão.

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