Primeiro turno das eleições teve 515 prisões por crimes eleitorais
Boca de urna representou pouco mais de 40% das ocorrências, seguido de compra de votos e corrupção e propaganda irregular
O Ministério da Justiça informou na noite deste domingo de primeiro turno de eleições municipais que mais de 520.000 reais foram apreendidos ao longo do dia em dinheiro vivo, um indicativo de possível compra de votos nas disputas que devem escolher prefeitos e vereadores nos 5.539 municípios do país. Ao todo, 22 candidatos foram presos, segundo levantamento divulgado pelo governo federal pouco depois das 17 horas.
A operação conjunta das forças policiais e do Exército brasileiro aponta ainda que 5.814 foram os materiais de campanha apreendidos, além de 47 veículos e 28 armas de fogo. Levantamento do Ministério da Justiça mostra que Boa Vista, em Roraima, foi o município com os maiores valores apreendidos: quase 100.000 reais, seguido de São Luís, no Maranhão, com 87.370 reais, Rio de Janeiro (72.164 reais) e Tefé, no Amazonas (70.157 reais).
Até 19h30, informou o Ministério da Justiça, 812 eleitores haviam sido levados pelas polícias por supostas irregularidades, 493 efetivamente presos e mais 164 candidatos alvo de condução pelas autoridades policiais. Desde as primeiras horas do dia, foram 117 prisões em flagrante.
O crime de boca de urna, que abarca desde o uso de alto-falantes em prol de candidatos até publicar conteúdos de campanha nas redes sociais no dia da eleição, representou pouco mais de 40% das ocorrências, com 1.057 episódios, seguido de compra de votos e corrupção eleitoral, com 423, propaganda eleitoral irregular, com 309 registros, além de 203 tentativas de violar o sigilo do voto.
Belo Horizonte lidera as cidades com as maiores notificações desses crimes, com 665 ocorrências, seguida da capital paulista, com 243 episódios.