‘Eleição mais importante para mim’, diz Lula ao votar
Petista tem chance de se eleger no primeiro turno neste domingo contra Jair Bolsonaro
Lula (PT) votou na manhã deste domingo, 2, em uma escola pública de São Bernardo do Campo, cidade que o projetou politicamente como presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC Paulista. Depois de depositar o seu voto na urna, ele beijou o comprovante eleitoral e afirmou que esta é a eleição “mais importante” para ele e para o país.
Ele disse estar feliz de poder votar neste ano, já que em 2018 ele não exerceu o seu direito por estar preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR). A última vez que ele votou para presidente, portanto, foi em 2014, quando Dilma Rousseff (PT) concorria à reeleição.
“É um dia mais do que importante para mim. Eu não poderia deixar de dizer para vocês que quatro anos atrás eu não pude votar porque eu tinha sido vítima de uma mentira. Eu estava metido na Polícia Federal exatamente no dia da eleição. Tentei fazer com que a urna fosse até a cela para eu votar, não levaram. E quatro anos depois, eu estou aqui, votando, com reconhecimento da minha total liberdade e com a possibilidade de voltar a ser presidente da República”, disse.
Lula tem a chance de vencer a eleição no primeiro turno. Pesquisa Ipec divulgada neste sábado indicou que o petista tem 51% dos votos válidos, contra 37% de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o ex-presidente, a sociedade cansou da retórica violenta de Bolsonaro. “Nós não queremos mais ódio, nós não queremos mais discórdia, nós queremos um país que viva em paz, um país que viva em esperança, um país que acredite no futuro, e um país que possa produzir e construir o seu próprio futuro a partir da participação da sociedade brasileira”, disse.
Questionado sobre como se relacionará com os eleitores bolsonaristas caso seja eleito presidente, Lula disse que seu governo não fará distinção entre apoiadores ou opositores, mas ressaltou que os “mais fanáticos” terão de se “adequar a maioria da sociedade”.
“Veja, eu penso que os bolsonaristas mais fanáticos, eles terão que se adequar a maioria da sociedade. A maioria da sociedade não quer confronto, a maioria da sociedade quer paz. As pessoas não querem, na sua maioria, a venda de armas, as pessoas querem a distribuição de livros. Sabe, eu acho que a maioria das pessoas vão viver em paz, aqueles que não quiserem, que desrespeitarem a lei, é um problema deles. Mas eu acho que será fácil a gente restabelecer a democracia e paz nesse país”, afirmou.
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