Eduardo Bolsonaro vai presidir PSL em SP e promete ‘filtro’ em filiados
Deputado federal, que já cogitou mover o clã para uma nova legenda, assume cargo falando em não desperdiçar 'oportunidade de firmar partido de direita'
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, anunciou nesta quarta-feira, 1º, que foi designado para ser o novo presidente do PSL em São Paulo. Eduardo vai suceder ao senador Major Olímpio (PSL-SP), que anunciou na semana passada a decisão de deixar o cargo.
Pelas redes sociais, o deputado federal afirmou que instalará no diretório “um filtro com a ajuda de compliance” na definição dos integrantes locais da legenda. Segundo Eduardo, esse “filtro” será exercido em parceria com a advogada Karina Kufa, que representou Jair Bolsonaro na Justiça Eleitoral ao longo do pleito do ano passado.
Na publicação, o novo presidente do PSL-SP disse estar “ciente de que a missão do partido é proporcionar que pessoas identificadas com as bandeiras conservadoras e de economia liberal tenham a chance de fazer política de dentro dos poderes Legislativo e Executivo”.
A decisão de Eduardo Bolsonaro em assumir o cargo marca uma inflexão na relação da família com o PSL. Desde o começo do ano, em mais de uma oportunidade já foi ventilada a possibilidade de uma saída em grupo da legenda para fundar um novo partido de direita ou aderir ao movimento para recriar a antiga UDN, em reação às suspeitas sobre candidaturas laranjas no PSL. A migração perdeu força e foi substituída pela tese de reforma interna do partido.
Em seu anúncio, Eduardo afirmou ver a possibilidade de fixar o partido como o representante da direita brasileira. “Estamos diante de uma oportunidade única em que é preciso coragem para executar os planos que tanto defendemos. Sendo assim, não podemos permitir que essa oportunidade de se firmar um partido de direita vá por água abaixo”, escreveu. Uma hipótese já aventada para o futuro do PSL é a alteração do “S” de Social pelo “C” de Conservador.