É possível reconciliar e pacificar o país após a eleição, diz Tarso Genro
Ex-governador gaúcho avalia que a disputa presidencial se dá entre o fascismo e 'formas democráticas de governar e conviver'
O ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) avalia que a eleição do próximo domingo, 30, não é uma disputa comum entre duas ideologias no mesmo espaço político. “A disputa é entre fascismo e formas democráticas de governar e conviver”, sustenta.
O petista afirma que a polarização extrema que se vê hoje no país é fruto da ascensão do bolsonarismo que, para ele, chegou ao poder em um período de cansaço da democracia liberal em todo o mundo. Genro, no entanto, acredita ser possível reconciliar e pacificar o país. Para isso, ele defende que o próximo presidente faça “uma concertação política estratégica” baseada em três pontos.
“Para uma coesão social interna mínima é necessária uma política externa acordada na América do Sul, que compreenda as necessidades e características nacionais de cada país; programas emergenciais de combate à fome e à deserção social; e uma relação federativa inovadora, tendo como ponto de partida a questão da segurança pública”, opina o ex-governador.
Tarso Genro foi um dos quadros do PT a assinar uma nota de apoio à eleição de Eduardo Leite (PSDB) para o governo do estado. O partido defendeu “voto crítico” no tucano para tentar derrotar o candidato bolsonarista, o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL). “Certamente vamos ser oposição ao governo de Leite, como fomos no seu primeiro mandato. Mas basta que ele seja democrático, dialógico e se esquive de adotar métodos fascistas de governar, como certamente ocorreria num governo Onyx”, disse.
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