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Duas pequenas vitrines e uma enorme vidraça do PT na segurança

Enquanto a Bahia figura entre as campeãs de homicídio no país, Rio Grande do Norte e Piauí registram redução na taxa anual desse tipo de crime

Por Daniel Pereira 17 Maio 2025, 21h12

Ex-ministro da Casa Civil e oráculo petista, José Dirceu defende que o governo Lula e a esquerda se envolvam mais no debate da segurança pública, área que figura no topo das preocupações da população e é usada por aliados de Jair Bolsonaro para desgastar a imagem do presidente.

No fim de abril, Lula finalmente encaminhou ao Congresso uma proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre segurança pública, com a qual quer marcar posição no embate com a direita, mostrar serviço numa seara em que é acusado de omissão e, em termos práticos, aumentar o poder da Polícia Federal para combater o crime organizado e as milícias.

A aprovação do texto não será fácil. De início, ele enfrentou resistência dentro da própria gestão petista, sobretudo do chefe da Casa Civil, Rui Costa, que segurou por meses a PEC elaborada pela equipe do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. No Legislativo, a disputa será com a oposição, que reclama, entre outras coisas, de uma suposta tentativa do governo federal de esvaziar atribuições dos governos estaduais.

De forma resumida, governadores como Ronaldo Caiado (GO), pré-candidato à Presidência, alegam que, ao contrário de Lula e do PT, sabem combater a criminalidade e, por isso, não aceitam perder autonomia em determinadas regras. A esquerda — que conforme o bordão oposicionista defende bandido — nada teria a contribuir para a sociedade nesse assunto. Dados revelados recentemente mostram que a questão não é tão simples assim.

Avanços tímidos

Segundo o Atlas da Violência, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou uma taxa média de 21,2 homicídios por 100 mil habitantes em 2023, a menor desde 2013, quando o levantamento começou a ser realizado.

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Os estados com os menores níveis de homicídio em 2023 foram São Paulo, Santa Catarina, Distrito Federal e Minas Gerais, todos governados por políticos de oposição a Lula. Já o PT figura na lista de duas maneiras distintas. Numa delas, como uma tremenda vidraça.

Governada pelo partido há quase 20 anos, a Bahia tem a segunda maior taxa de homicídio do Brasil. Em dez anos, a taxa cresceu 11,7%, apesar de entre 2022 e 2023, primeiro ano da gestão de Jerônimo Rodrigues, ter caído 2,7%. O Atlas da Violência traz, no entanto, duas boas notícias para o PT.

O estado que mais reduziu os homicídios (18,8%) entre 2022 e 2023 foi o Rio Grande do Norte, administrado pela petista Fátima Bezerra desde 2019. Em cinco anos, a queda acumulada foi de quase 50%.

No Piauí, a situação, que era ruim, começou a melhorar um pouco. Entre 2018 e 2023, que compreende basicamente a gestão de Wellington Dias, a taxa de homicídios subiu 18,1%, mas entre 2022 e 2023, já sob o petista Rafael Fontelles, houve redução de 8,7%. Não à toa, Dirceu considera Fontelles um exemplo a ser seguido, por apostar num trabalho de inteligência contra o crime, que rendeu bons resultados, por exemplo, na luta contra roubos de celulares.

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