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DNA de feiticeiro: nomes de peso por trás da campanha do PT à prefeitura de BH

Filho de João Santana e enteado de Duda Mendonça tentaram tornar o deputado Rogério Correia mais competitivo, mas não conseguiram até agora

Por Ricardo Chapola
5 out 2024, 16h42

O filho de João Santana e o enteado de Duda Mendonça, dois dos mais prestigiados marqueteiros da história do país, estão trabalhando na campanha do deputado federal petista Rogério Correia à prefeitura de Belo Horizonte (MG). Como os parentes famosos, eles atuam na área de comunicação e tentam tornar a candidatura mais competitiva, o que tem se mostrado até aqui um desafio quase intransponível.

Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 3, Correia tem apenas 6% das intenções de voto, insuficiente para ele chegar ao segundo turno. Na ponta da disputa, numa situação de triplo empate técnico, aparecem o atual prefeito e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), o deputado estadual Bruno Engler (PL) e o apresentador de TV Mauro Tramonte (Republicanos), todos com 21%.

Fruto de um dos sete casamentos de João Santana, Aylê Axé de Souza Santana é formado em publicidade e coordena a produção de vídeos veiculados por Rogério Correia no horário eleitoral e nas redes sociais. Com 46 anos de idade, ele auxiliou o pai no passado em campanhas em São Paulo e no exterior, como na Argentina. “A fruta nunca cai longe do pé. Assim como o pai, Aylê tem um rigor muito grande com a estética e com a beleza das peças”, contou um integrante da equipe de Correia em Belo Horizonte.

Já André Cabral Waxman, enteado de Duda Mendonça, é o coordenador estratégico da campanha de Rogério Correia. Ele define as agendas do candidato, elabora discursos e debate conceitos que serão explorados na luta por voto. Formado em jornalismo e publicidade, Waxman tem vinte anos de experiência na área de comunicação e prestou serviço a diferentes campanhas eleitorais, inclusive no Chile. Ele ajudou, por exemplo, a eleger Romeu Zema (Novo) governador de Minas Gerais, foi nomeado subsecretário de Comunicação Social, mas depois acabou demitido.

“Independentemente do sobrenome, são profissionais excelentes, trabalhadores e muito dedicados. São muito ‘jeitosos’, como falamos aqui em Minas. Conhecem os atalhos do campo. Estou bem satisfeito com a colaboração deles, seja na estratégia geral ou no dia a dia. Além de mostrar também a prioridade que o PT tem comigo”, disse Rogério Correia a VEJA.

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Glórias e infortúnios

Os marqueteiros do PT levaram a profissão a um nível de prestígio até então desconhecido. Duda Mendonça, morto em 2021, comandou essa área na primeira campanha vitoriosa de Lula à Presidência, em 2002. Na época, foi o responsável por vender a imagem do “Lulinha Paz e Amor”, pensada pela coordenação política de campanha para tornar o candidato mais palatável aos setores moderados da sociedade.

Aclamado, Duda logo caiu em desgraça ao admitir em depoimento, no auge da ebulição provocada pelo escândalo do mensalão, que recebeu pelos serviços prestados à campanha de Lula no exterior. Sua fala fez o fantasma do impeachment circular pelo Congresso, mas um processo de destituição não foi levado adiante. Lula reagiu à ameaça com um discurso elaborado com a ajuda de outro marqueteiro, João Santana, e que pregava o “nós contra eles”, uma espécie de luta de classe entre a elite conspiratória e o mandatário do povo.

Deu certo. Tão certo que Santana participou das outras campanhas vitoriosas de Lula e de Dilma Rousseff, tornando-se mais poderoso até que ministros de Estado. Foi assim até a Operação Lava-Jato, quando o marqueteiro implicou a ex-presidente no esquema. Como Duda, Santana caiu em desgraça. Na eleição passada, agora desafeto do PT, ele trabalhou na derrotada campanha presidencial de Ciro Gomes.

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