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Diplomata do Panamá exige mudança de sede da COP30 por causa de hospedagem

A Conferência das Partes está programada para acontecer em novembro em Belém (PA), mas delegações alegam valores abusivos de acomodações

Por Redação Atualizado em 24 ago 2025, 19h41 - Publicado em 24 ago 2025, 19h41

O diplomata e representante do Panamá na COP30, Juan Carlos Monterrey fez um discurso na última sexta, 22 de agosto, em que pedia a mudança da sede da Conferência das Partes de Belém, no Pará, por causa dos valores abusivos de hospedagem que vêm sendo denunciados há semanas. Monterrey, que também é vice-presidente do “Bureau da COP” do corpo climático da ONU (Organização das Nações Unidas), criticou o governo brasileiro por ignorar os apelos para que medidas sejam tomadas a fim de viabilizar a hospedagem durante o evento previsto para novembro.

O panamense publicou nas redes sociais o texto que proferiu durante o encontro do Bureau, o Gabinete da COP. “Estou totalmente surpreso e, sinceramente, confuso, pois, pela terceira vez neste Bureau, todas as regiões do mundo falaram a uma só voz à Presidência brasileira, mas parece que nossas palavras entram por um ouvido e saem pelo outro. Parece que estamos vivendo em uma realidade alternativa cada vez que participamos dessas reuniões. Além disso, nosso tempo está sendo desperdiçado e estamos sendo tratados como tolos”, começou o diplomata.

“Mais de 70% das delegações não reservaram acomodações. Esse único número diz tudo: os arranjos atuais são impossíveis. As opções estão 200 a 400% acima do subsídio diário de subsistência da ONU e simplesmente não são viáveis. Isso não é apenas sobre quartos de hotéis. É sobre se levamos a sério essa questão internacional. Se respeitamos um ao outro. Se nos respeitamos. No momento, não estamos fazendo nada disso. Delegações de várias regiões estão sendo solicitadas a pagar valores exorbitantes e não reembolsáveis de pacotes rígidos que não podem ser modificados. Boletos devem ser pagos em até três dias, independentemente de processos de aprovação. É insanidade e ofensivo”, continuou.

Monterrey pediu que alternativas sejam apresentadas para que ele possa solicitar oficialmente a mudança da sede da COP30. “Não podemos sediar uma COP em condições que excluem a participação e violam os princípios fundamentais do multilateralismo. Viemos aqui para construir confiança e soluções. Em vez disso, estamos recebendo desculpas e absurdos”, concluiu.

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Hospedagem da COP30

O governo federal rejeitou na última sexta-feira, 22, um pedido da Organização das Nações Unidas (ONU) para subsidiar as hospedagens de diplomatas que participarão da COP-30, em Belém. A conferência, que ocorrerá em novembro, vem gerando pressão internacional em razão dos preços abusivos cobrados pelos hotéis da capital paraense.

“Não há como subsidiar delegações de países, inclusive de países mais ricos que o Brasil”, declarou a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, após reunião na sexta-feira com representantes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Em resposta ao pedido da ONU, o governo brasileiro solicitou que a própria organização eleve o valor que já oferece para custear diárias de diplomatas ao redor do mundo — o auxílio fica em torno de 250 dólares (1.355 reais) para estadias em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas não chega a 150 dólares (813 reais) para hospedagem em Belém.

No início de agosto, mais de vinte negociadores internacionais que participarão da COP-30 enviaram um documento ao Brasil pressionando o Planalto a intervir nos preços de hospedagem para a COP-30. Caso o problema não seja solucionado, a carta sugere que a conferência seja realizada em outro país. A pressão gerou uma crise entre o governo federal e a rede hoteleira de Belém e plataformas como AirBnb, Decolar e Booking, que vêm ignorando sucessivos pedidos do Ministério da Justiça para explicar a cobrança de cifras exorbitantes — há casos de proprietários exigindo mais de 1,5 milhão de reais por onze dias de estadia em um apartamento “quarto-e-sala” na capital paraense.

Em tentativa de solucionar a crise, a organização da COP-30 no Brasil anunciou, na sexta-feira, a criação de uma força-tarefa para abordar os preços abusivos em Belém. De acordo com o secretário extraordinário do evento, Valter Correia, 47 delegações diplomáticas já confirmaram reservas para comparecer à conferência, que ocorrerá entre os dias 10 e 21 de novembro.

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