Delatores reforçam acusação de caixa dois contra Humberto Costa
Ex-executivos afirmaram que R$ 1 milhão foi retirado dos contratos PTA-POY-PET firmados entre a Petroquisa e a Odebrecht e repassado ao senador

Três delatores da Odebrecht – Rogério Santos Araújo, César Ramos Rocha e Márcio Faria da Silva – deram informações complementares sobre como parte dos recursos de um contrato entre a Petroquisa e o Grupo Odebrecht irrigaram, de forma irregular, a campanha política do atual senador Humberto Costa (PT-PE), em 2010. Os colaboradores afirmaram em depoimentos ao Ministério Público que, dos cerca de 30 milhões de reais dos contratos PTA-POY-PET firmados entre a Petroquisa e a Odebrecht, 1 milhão de reais foi destinado a Costa. O episódio já integra um inquérito de que o senador é alvo, e as novas revelações endossam o já revelado por outro delator, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
De acordo com Paulo Roberto Costa, um dos principais delatores do escândalo do petrolão, o presidente da Associação das Empresas do Estado de Pernambuco, Mario Beltrão, pediu que o ex-dirigente da estatal viabilizasse 1 milhão de reais para a campanha do petista ao Senado, em 2010. “Quando Mario Beltrão solicitou a quantia para a campanha de Humberto Costa estavam reunidos apenas o depoente [Paulo Roberto] e Mario Beltrão. Autorizou o pagamento porque Humberto Costa era um expoente dentro do PT, e a fonte de pagamento da quantia solicitada foi o caixa comum do PP”, diz trecho da delação premiada de Paulo Roberto Costa.