Último mês: Veja por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Continua após publicidade

Defesa vê delação de Mauro Cid ‘inflada’ e minimiza ação de Bolsonaro

Advogados do ex-presidente ainda não tiveram acesso aos depoimentos e não acreditam que o ex-ajudante de ordens tenha incriminado seu antigo chefe

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 set 2023, 12h32
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Jair Bolsonaro e Mauro Cid
    Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, que fechou delação premiada (Alan Santos/PR/Divulgação)

    Advogados que compõem a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro ainda adotam cautela ao tratar da colaboração premiada feita pelo tenente-coronel Mauro Cid com a Polícia Federal.  O acordo foi firmado no início de setembro, e é mantido sob sigilo pelos investigadores. Sem ter tido acesso ao conteúdo, a defesa de Bolsonaro demonstra desacreditar que o ex-ajudante de ordens tenha feito relatos que possam incriminar o ex-presidente.

    Conforme revelou VEJA, Cid admitiu à PF que vendeu dois relógios de luxo que haviam sido presenteados a Bolsonaro durante viagens oficiais. Segundo o ex-auxiliar, a ação se deu após uma determinação do então presidente, e todo o dinheiro – mais de 300 mil reais – foi entregue a ele em mãos.

    Além disso, o jornal O Globo e o portal UOL informaram que o militar detalhou uma reunião entre Bolsonaro e os três comandantes das Forças Armadas na qual foi discutida a hipótese de um golpe militar para contestar o resultado das eleições. No encontro, segundo as publicações, o então comandante da Marinha, Almir Garnier, demonstrou apoio à ação, que teria sido freada pelo então comandante do Exército, Freire Gomes.

    Sobre a venda das joias, advogados tentam minimizar a influência de Bolsonaro na ação. A linha de defesa vai no sentido de que os presentes são catalogados em um setor específico, o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), que informou que os itens eram privados – ou seja, poderiam, segundo essa tese, ter qualquer destinação. Eles ainda argumentam que o presidente não deu nenhuma ordem sobre a comercialização dos bens e minimizou o fato de um dos itens vendidos sequer ter sido registrado como recebido, o que infringe a regra. Não seria, dizem os defensores, o presidente o responsável por encaminhar os regalos ao GADH, e sim o Ministério das Relações Exteriores e a ajudância de ordens.

    Continua após a publicidade

    Cid, porém, contesta essa versão. Em conversas recentes, ele chegou a dizer que não seria “maluco” de vender os presentes se não fosse por ordem direta do seu chefe. “Militar cumpre missão”, afirma.

    Já sobre o suposto plano golpista, advogados afirmam que as declarações podem ter sido “infladas” pela Polícia Federal e demonstram ter dúvidas se o relato de fato aconteceu nesses termos. Mas, considerando essa hipótese, eles dizem que nada teria passado de um mero ato de cogitação e que sequer teria avançado para além do imaginário.

    Conforme VEJA mostrou, Cid contou que o ex-presidente se esforçou para encontrar uma fraude no resultado eleitoral, o que lhe daria guarida para contestar o pleito.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.