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Datas: Ratko Mladic em Haia e a morte de Mozart Vianna

O carniceiro dos Bálcãs e o personagem ilustre do cotidiano político de Brasília

Por Redação Atualizado em 4 jun 2024, 13h39 - Publicado em 11 jun 2021, 06h00

O Massacre de Srebrenica, em julho de 1995, resultou na morte de pelo menos 8 000 cidadãos muçulmanos assassinados pelas forças sérvias instaladas na Bósnia. Foi a mais terrível matança ocorrida desde a II Guerra, definida como genocídio pelas instâncias jurídicas internacionais. O comandante daquele terrível episódio, o ex-líder militar da Sérvia, Ratko Mladic, de 79 anos, havia sido condenado em primeira instância, em 2017, à prisão perpétua por crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Na terça-feira 8, o Mecanismo para os Tribunais Penais Internacionais (MTPI) de Haia confirmou a sentença — já não cabe apelação. Mladic, portanto, terminará seus dias na cadeia, na Holanda, colado ao epíteto inescapável: “o carniceiro dos Bálcãs”. É alcunha que brotou a partir de rigorosas investigações e evidências colhidas ao longo de mais de uma década. “Atirem somente em carne humana! Só em carne humana! Eles não têm nada, eles têm apenas algumas armas simples — só isso”, foi um comando dado pelo então general aos seus soldados pela rádio na Srebrenica supostamente protegida pelos “Capacetes Azuis” da ONU. Incentivados por seu líder genocida, os militares deram início ao terrível massacre.

“Espírito Santo do Ouvido”

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REGIMENTO - O secretário-geral da Mesa Diretora da Câmara: sabia tudo – (Ailton de Freitas/Agência O Globo)

Poucos personagens do cotidiano político de Brasília foram tão discretos e simultaneamente tão relevantes quanto o mineiro Mozart Vianna. Como secretário-geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, trabalhou ao lado de doze presidentes da Casa, de Ibsen Pinheiro a Eduardo Cunha, em mais de quarenta anos de trajetória. Profundo conhecedor do regimento parlamentar, obsessivo com detalhes, foi personagem decisivo na comissão que elaborou o texto final da Constituinte aprovada em 1988. Onde havia dúvidas, o “doutor Mozart” tratava de elucidá-las, com calma e rapidez. O então deputado Ulysses Guimarães o apelidou de “Espírito Santo do Ouvido”. Para os jornalistas, em especial, era uma bênção — uma espécie de Google de carne e osso, com todas as respostas na ponta da língua, permanentemente acessível. “Perdemos o maior exemplo de servidor público”, disse o deputado e ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia. Mozart estava aposentado do Parlamento desde 2015. Ele morreu aos 70 anos, em Brasília, na segunda-feira 7, de causas não reveladas pela família.

Publicado em VEJA de 16 de junho de 2021, edição nº 2742

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