CPMI do INSS: Parlamentares alegam que resultados pífios se devem à “falta de braço”
Membros da comissão dizem que servidores não estão dando conta de garimpar novas informações sobre as fraudes devido ao alto volume de dados
Instalada há mais de dois meses, a CPMI que apura um dos maiores escândalos de desvio de dinheiro da história até agora não apresentou grandes avanços nas investigações. O resultado pífio alcançado até agora , segundo alguns parlamentares, se deve a um motivo curioso: o excesso de documentos. Falta braço para analisar o material.
Deputados e senadores ouvidos pela reportagem relatam que os servidores de seus gabinetes destacados para garimpar informações sobre o roubo das aposentadorias dos idosos do INSS não estão dando conta da missão em meio aos mais de 200 gigabytes de dados.
Essa dificuldade está sendo usada para justificar a falta de resultados nas investigações. Com prazo para funcionar até março do ano que vem, o colegiado até agora não conseguiu ir muito além do que a Polícia Federal (PF) já havia descoberto na operação que desbaratou o esquema.
Na prática, o que se viu de agosto para cá foi muito barulho e pouquíssimo resultado. A baixa eficiência também está relacionada a outros fatores, como a uma reorganização da base governista na comissão, que tem conseguido barrar diversos requerimentos de convocação de personagens supostamente envolvidos na trama.
Foi o que aconteceu quando aliados do Planalto conseguiram impedir o depoimento do sindicalista José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula e vice-presidente do Sindnapi, uma das entidades suspeitas de participar do esquema de descontos fraudulentos.
Foi assim também quando a base se mobilizou para evitar a convocação do advogado Paulo Boudens, braço direito do presidente do Congresso Davi Alcolumbre, que recebeu 3 milhões de reais de uma empresa ligada a um dos líderes do esquema criminoso. “Há uma evidente ação do governo Lula para proteger determinadas pessoas e impedir o avanço das investigações”, acusa o deputado Kim Kataguiri (União-SP).
Em meio aos 200 gigabytes de material, a CPMI recebeu inquéritos da PF, pareceres de diversos órgãos da Previdência e mais de 230 quebras de sigilo bancário e fiscal de personagens que apareceram no âmbito das investigações. A cúpula da comissão pretende colher, até março do ano que vem, mais de 100 oitivas de autoridades e empresários suspeitos de participar do esquema.
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