CPI quer investigar invasões feitas por sem-terra, índios e quilombolas
Parlamentares vão requisitar informações sobre ocupações de terra em Mato Grosso do Sul que teriam sido financiadas pelo Cimi
A CPI criada na Câmara para investigar invasões de terras vai estender seus trabalhos para todos os tipos de ocupações no país, incluindo as que são realizadas por índios e quilombolas. Escolhido como futuro presidente da comissão, o deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) disse que a CPI não foi criada somente para investigar o MST.
O parlamentar afirmou que os deputados assinaram um documento que permite ampliar as investigações de quaisquer denúncias. “A CPI foi criada para investigar invasão de propriedades privadas e qualquer denúncia relacionada à invasão, seja de sem-terra, de índio ou quilombola”, disse Zucco.
A manifestação do deputado ocorreu depois de revelado que o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), teria financiado a invasão de uma propriedade em Mato Grosso do Sul. A denúncia foi feita pelo deputado estadual Coronel David (PL-MS), que apresentou cópias de duas notas fiscais mostrando que o Cimi fretou dois ônibus que transportaram os indígenas que ocuparam uma fazenda em Rio Brilhante (MS).
A dona de uma empresa de ônibus contou à polícia que o Cimi a contratou para buscar índios em sete cidades da região.