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Coronel que tentou convencer Cid a dar um golpe deve amargar o ostracismo

Exército manteve Jean Lawand Júnior em um cargo no Estado-Maior. A carreira do militar, no entanto, já está abalada

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 jun 2023, 12h42

Até a quinta-feira, 15, a carreira do coronel Jean Lawand Júnior estava em plena ascensão. Primeiro colocado no ranking de artilharia na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em 1996, ele galgou diversos postos dentro do Exército, comandou um agrupamento de elite especializado em mísseis e foguetes e estava com uma nova missão agendada: iria assumir uma disputada representação militar em Washington, nos Estados Unidos, a partir de janeiro do ano que vem. Seria só mais um passo para o seu grande objetivo, que era virar general — conquista até então dada como certa dentro do Exército.

No entanto, a revelação, feita por VEJA, de que o coronel pressionou o ex-ajudante de ordens Mauro Cid a convencer Jair Bolsonaro a dar um golpe fez a carreira dele ruir. Na última semana, o chefe do Estado-Maior do Exército, general Fernando Soares, chamou Lawand para uma conversa e ouviu a confirmação de que, de fato, era ele quem mandava mensagens a Cid.

Uma delas dizia: “Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele [Bolsonaro] a fazer. Ele não pode recuar agora. Ele não tem nada a perder. Ele vai ser preso. O presidente vai ser preso. E, pior, na Papuda, cara”.

Outro contato causou especial irritação. Na mensagem, Lawand afirma que “Se a cúpula do EB [Exército Brasileiro] não está com ele [Bolsonaro], de divisão pra baixo está”, o que foi visto como uma transgressão à hierarquia e à ordem da cúpula da força.

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Após a divulgação do conteúdo, o chefe do Estado-Maior se reuniu com o comandante do Exército, Tomás Paiva, e ambos decidiram cancelar imediatamente a designação de Lawand para a missão nos Estados Unidos. Por ora, não se pretende afastar o coronel do cargo que ocupa em uma subchefia do Estado-Maior sob o argumento de que as investigações ainda estão em andamento e que todos têm direito à defesa.

Interlocutores da instituição, no entanto, dizem que o militar deve ficar estagnado nessa função, exercendo um papel apenas burocrático e sem assumir novos postos de relevância. Além disso, passou a ser refutada qualquer possibilidade de ele ser promovido a general, dada a mancha no currículo. Militares até cogitaram a possibilidade de Lawand entregar o posto e, de maneira espontânea, ir para a reserva. O coronel, no entanto, vem afirmando em conversas privadas que essa solução indicaria que ele estaria “saindo fugido”, imagem que não quer passar.

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