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Com megaoperação, Castro sai da condição de ‘carta fora do baralho’ para 2026, diz cientista política

Pesquisadora da UFRJ afirma que governador do PL fez cálculo político "bem feito" com exposição da ação policial

Por Ludmilla de Lima Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 nov 2025, 12h17

O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), vinha encontrando resistências dentro do seu campo político para concorrer ao Senado em 2026. Ele mesmo chegou a manifestar mais recentemente a intenção de se manter até o fim no comando do Palácio Guanabara. Mas a política fluminense é dinâmica, e a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou em 121 mortes – quatro de policiais – e num baque no Comando Vermelho, fez o cenário mudar a favor do governador. “Ele era quase uma carta fora do baralho, não só em virtude da sua alta rejeição, mas também pela sua pouca capacidade de articulação com as elites políticas do Rio de Janeiro”, diz a VEJA a cientista política Mayra Goulart, pesquisadora da UFRJ, ressaltando que o governador fez um “cálculo político bem-feito” que lhe garantiu um ganho de popularidade entre o eleitorado à direita. 

No ano que vem, serão duas vagas ao Senado, e no grupo do governador Flávio Bolsonaro é dado como certo. A segunda vaga está em disputa. Um dos pontos desfavoráveis a Castro é a falta de caixa para agradar o que a cientista política chama de “elites”, responsáveis pela capilaridade de um candidato numa eleição majoritária. “Principalmente aquelas que sustentaram a sua candidatura à reeleição, porque ela foi muito fomentada pelas entregas da venda da Cedae. Sem esse recurso, ele ficou com baixo capital eleitoral e político. Ele ficou sem muita margem de manobra nas negociações com vereador, prefeitos das cidades menores”, afirma a professora, explicando que o governador também é uma figura menos conhecida da população do que o prefeito.

Só que com a repercussão da operação, inclusive para além do Rio de Janero, o político do PL conseguiu atrair os holofotes. “Ele não precisa de tanto voto assim para se eleger ao Senado e fez um cálculo com essa exposição midiática num reduto bolsonarista, pelo o que o bolsonarismo representa em termos de uma visão de ordem mais punitivista, mais autoritária. Nesse reduto, o tema da segurança tem muita penetração”, analisa a cientista política, completando. “A memória do eleitor é curta, mas a pauta da segurança no Rio é importante. E as formulações do campo progressista nessa área envolvem principalmente redução da desigualdade, saúde, educação e mesmo a ocupação do território. Isso tudo é mais abstrato e longínquo do que as demandas imediatas da população por resoluções de pronto”.

Para ela, Eduardo Paes (PSD), possível candidato a governador, não encampa esse discurso da esquerda, o que o faria perder muito voto no estado. “Embora seja alguém que tenha o apoio do campo progressista, ele não ativa os gatilhos ideológicos da rejeição. É isso que garante o seu capital político numa região com alta popularidade das ideias à direita”, conclui Mayra.

 

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