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Ex-embaixador vê guerra comercial como momento inédito no mundo em 80 anos

Para Rubens Barbosa, trata-se do 'fim de um sistema multilateral' e início de comércio 'baseado na força'. que coloca o planeta 'numa insegurança e incerteza'

Por Redação Atualizado em 11 abr 2025, 13h06 - Publicado em 11 abr 2025, 08h00

As idas e vindas do tarifaço de Donald Trump e os impactos do terremoto econômico no Brasil foram debatidos nesta sexta-feira 11, na live de Os Três Poderes, de VEJA. Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil nos EUA, participou do programa, que tem apresentação de Ricardo Ferraz e comentários dos colunistas Matheus Leitão, José Benedito da Silva e Ricardo Rangel, e avaliou que o atual momento do mundo é inédito em pelo menos oitenta anos e significa um “redesenho” do comércio mundial.

“Eu acho que nós estamos vivendo um momento nunca visto nesses últimos 80, 90 anos, desde o fim da guerra. É um redesenho, ou melhor, é o fim dum sistema multilateral de comércio, com regras e com previsibilidade. Hoje não existe mais. A OMC [Organização Mundial do Comércio] desapareceu e você tem hoje uma nova economia: saiu de uma filosofia liberal, de livre comércio, para um comércio administrado, guiado por regras protecionistas, unilateral e baseado na força”, afirmou Barbosa

“Vimos nessa última semana a escalada das tarifas, tanto dos Estados Unidos em relação ao mundo inteiro, depois uma volta, mas ficando alguma coisa, depois a União Europeia ameaçando retaliar, a China ameaçando retaliar, retaliaram, os americanos triplicaram e hoje a China novamente aumentou as tarifas. É uma situação que deixa o resto do mundo numa insegurança e numa incerteza que não se via nos últimos 80 anos”, acrescentou o diplomata.

Reação do mercado

Apesar de terem operado em movimentos de ajuste e recuperação durante o fim do pregão de quarta, o dólar voltou a ser pressionado e fechou em alta de 0,92% nesta quinta-feira 10, cotado a 5,89 reais, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, cedeu e registrou baixa de 1,13% no fim do pregão, atingindo os 126.354 pontos. Os negócios refletiram a tensão em torno da guerra comercial travada por Donald Trump a outros países, principalmente contra sua adversária direta, a China, taxada em 145% pelos Estados Unidos.

Resumo da semana

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu suspender as tarifas recíprocas para todos os países – menos a China – por noventa dias, a partir da tarde desta última quarta-feira 9. No momento do anúncio, os índices de moedas e ações voltaram a operar no verde em meio ao breve alívio. No entanto, o embate direto dos EUA contra a potência asiática ainda gera tensões e, junto de um movimento de correção, pressiona a bolsa e a taxa de câmbio. 

Ainda na quarta, o republicano anunciou uma forte taxa de 104% sobre produtos chineses exportados. Em resposta, Pequim decidiu impor novas tarifas de 125% sobre produtos norte-americanos, ampliando ainda mais a taxação imposta na semana passada. Nesta quinta, os EUA confirmaram que a tarifa total sobre produtos chineses é de 145% (com os 125% somados aos 20% anteriores). 

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