Colunistas de VEJA analisam o ‘fator Michelle’ em programa
Os Três Poderes traz discussão sobre os principais temas da semana
Reportagem de capa de VEJA mostra que, inelegível e incomodado com a movimentação de governadores como Tarcísio de Freitas, Jair Bolsonaro passou a usar Michelle como trunfo para seguir com as rédeas do jogo para 2026. A estratégia deu certo e as articulações sem ele recuaram. O tiro de alerta do ex-capitão é tema do programa Os Três Poderes desta sexta, 16, às 12h, com apresentação do editor Ricardo Ferraz e comentários dos colunistas Robson Bonin, Matheus Leitão e José Benedito da Silva.
Durante quase todo o mandato do marido, Michelle Bolsonaro fez questão de se manter uma primeira-dama discreta. Avessa à imprensa e aos holofotes, não dava entrevistas, não participava de reuniões ministeriais, não tinha ingerência sobre o governo e não fazia uma superexposição da rotina familiar nas redes sociais. Com um gabinete no Palácio do Planalto, ela tinha atuação restrita à condução de programas destinados à população vulnerável e à inclusão de pessoas com deficiência, temas centrais de seus raros pronunciamentos. Em meados de 2022, a postura mudou radicalmente.
A campanha de Jair Bolsonaro detectou que a resistência das mulheres, uma massa de 53% do eleitorado nacional, era um dos fatores que colocavam em risco a reeleição do então presidente, acusado frequentemente de misoginia. Era necessário um choque de imagem para reverter a situação. Foi aí que Michelle saiu das sombras e emergiu como um trunfo eleitoral pela primeira vez. Na época, ela foi a estrela da convenção que sacramentou a candidatura de Bolsonaro para mais um mandato.