Chefe do MP-RJ nega ter pedido quebra de sigilo de Flavio Bolsonaro
O procurador Eduardo Gussem afirmou que não houve nenhuma irregularidade no curso das investigações que envolvem Fabrício Queiroz

O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, negou nessa segunda-feira, 21, que o Ministério Público fluminense tenha solicitado a quebra do sigilo financeiro e bancário do senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) durante as investigações das movimentações financeiras de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.
“Se alguém cometeu alguma quebra de sigilo não foi o Ministério Público, e sim o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que encaminhou essa documentação ao MP espontaneamente, de ofício, um relatório produzido no âmbito da Operação Furna da Onça”, afirmou o procurador-geral, que também destacou que não houve nenhuma irregularidade no curso das investigações.
Gussem explicou que o MP-RJ não irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal para destravar a investigação sobre Flavio Bolsonaro, suspensa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux na semana passada. Gussem destacou que foi enviado um ofício para que o senador eleito marcasse um depoimento para dar as explicações solicitadas pelo MP, e que Flavio Bolsonaro não é oficialmente investigado.
De acordo com reportagem do jornal O Globo do domingo 20, o Coaf apontou que Fabrício Queiroz movimentou 7 milhões de reais nos últimos três anos. Segundo o procurador -geral do MP-RJ, a movimentação não faz parte da investigação realizada pelo órgão.
Gussem também afirmou que os 27 deputados estaduais mencionados no relatório do Coaf são investigados na esfera cível, por movimentarem dinheiro público, mas não confirmou se algum deles é investigado na área criminal. Foram abertos 22 procedimentos e quatro deputados estaduais já estiveram no MP para explicar as movimentações financeiras consideradas suspeitas pelo Coaf.