Caso do golpe: depois de dois anos, Mauro Cid tira tornozeleira eletrônica
Ex-ajudante de ordens permanece sujeito a várias proibições, como sair de casa de noite, ter redes sociais, armas e fazer contato com outros investigados
Mais de dois anos desde o dia em que conseguiu a sua liberdade condicional, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro César Barbosa Cid, tirou a tornozeleira eletrônica. Ele passou, nesta segunda-feira, 3, por uma audiência admonitória no Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer a retirada do equipamento, que foi autorizada pelo relator da trama golpista, Alexandre de Moraes.
No total, Cid completaria exatos dois anos e dois meses com a tornozeleira no próximo dia 9. Ele estava usando o equipamento desde 9 de setembro de 2023, quando conseguiu no Supremo o direito de responder às investigações em liberdade depois de fazer um controvertido acordo de colaboração premiada, que se tornou a espinha dorsal das investigações do caso do golpe de estado.
O tenente-coronel foi o único a não recorrer da sua condenação, cujo tamanho seguiu o que foi combinado na delação — uma pena de dois anos. Os advogados dele já pediram a Moraes a detração da pena, termo jurídico para “compensar” o tempo em prisão preventiva. O ministro ainda não apreciou especificamente esse pedido, mas deve decidir agora que a ação transitou em julgado (término de todos os prazos de recurso) para Cid.
A retirada da tornozeleira, embora seja um passo importante, não é um salvo-conduto para o ex-ajudante de ordens. Ele continuará obedecendo a uma série de restrições: não pode ter redes sociais, não pode sair do país, ter armamentos ou registros de armamentos em seu nome e muito menos ter contato com qualquer um dos réus ou investigados pela tentativa de golpe de estado. Além disso, Cid terá que ficar em casa entre as 20h e as 6h, aos finais de semana e feriados. Toda semana ele terá que ir ao Fórum prestar contas para a Justiça.
Cid foi preso em maio de 2023, na primeira grande operação da Polícia Federal que teve como alvo o ex-presidente. Na época, o então ajudante de ordens não era uma figura conhecida do público, embora pertencesse ao círculo íntimo de confiança de Bolsonaro. No celular dele, foram encontradas mensagens que comprovaram a suspeita que os policiais tinham na época de que o ex-presidente era mentor de uma empreitada para permanecer no poder mesmo depois de ser derrotado nas urnas.
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