Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Esquenta Black Friday: Assine VEJA por 7,99/mês

Carta ao Leitor: A disputa no terreno digital

A batalha nas redes pode ser determinante para definir quem será o próximo presidente da República

Por Redação Atualizado em 24 out 2025, 11h01 - Publicado em 24 out 2025, 06h00

Orçamentos milionários, tempo de sobra na propaganda gratuita da TV, marqueteiros consagrados e vídeos caprichados utilizando as melhores técnicas da linguagem publicitária. A receita incluía ainda poses testadas em exaustivas pesquisas internas e um script decorado sob medida para ir ao encontro de corações e mentes dos eleitores. Parecia não haver outra forma de pavimentar o caminho de um postulante rumo ao Palácio do Planalto sem fazer uso desses recursos. Até que veio a disputa presidencial de 2018. O triunfo do azarão Jair Bolsonaro não apenas contrariou todas as expectativas; representou também um divisor de águas na história do marketing político brasileiro. O capitão foi o primeiro a obter um êxito nessa escala priorizando as plataformas digitais. À base de selfies com os eleitores em cada cidade visitada, vídeos espalhados por grupos de WhatsApp e posts em redes como o antigo Twitter, atual X (incluindo fake news e golpes baixos contra os adversários), ele foi ganhando visibilidade, tendo como principal arma um celular na mão.

Ficou comprovada nesse episódio a força dos meios digitais, e nenhuma campanha mais é feita sem um grande e profissional investimento na área. Com a aproximação do pleito presidencial de 2026, a batalha na internet tende a se tornar cada vez mais feroz. Nos últimos anos, a direita vinha dominando completamente esse campo, puxada pela força do ex-presidente, da ex-primeira-dama Michelle e dos filhos Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro. A isso se somou a popularidade de parlamentares como o deputado Nikolas Ferreira. Ciente da superioridade dos rivais, a esquerda começou a se movimentar para tentar reduzir a desvantagem. De olho na reeleição em 2026, o presidente Lula deu a Sidônio Palmeira, titular da Secretaria de Comunicação do Planalto, a missão de priorizar investimentos para melhorar a propaganda digital do governo. Segundo um levantamento inédito, tema de reportagem desta edição, o esforço tem dado resultado. Uma pesquisa da Nexus, da FSB Holding, mostra que o petista ganhou mais espaço que seus adversários diretos nas redes entre janeiro e julho deste ano.

Esse avanço está longe de representar vitória, vale ressaltar. A família Bolsonaro segue com muita força e o governador paulista, Tarcísio de Freitas, possível candidato da oposição, já possui um patrimônio digital digno de respeito. Há também outras medições do comportamento das redes, com metodologias diferentes, mostrando que a recuperação de Lula no período pesquisado pela Nexus não foi suficiente para encurtar substancialmente a distância entre direita e esquerda. De acordo com alguns estudos, quase metade dos eleitores toma sua decisão de voto acompanhando esses conteúdos. Por isso, a batalha nas redes pode ser determinante para definir quem será o próximo presidente da República.

Publicado em VEJA de 24 de outubro de 2025, edição nº 2967

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA CONTEÚDO LIBERADO

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 47% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.