Boulos não será ministro das Cidades, diz presidente do PSOL
Líder do MTST integra a equipe de transição e era um dos principais nomes cotados para assumir a pasta

O deputado eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP) não vai assumir o Ministério das Cidades do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o presidente do PSOL, Juliano Medeiros. “Ele prefere ficar na Câmara dos Deputados para ajudar a bancada. Foi eleito para isso”, afirmou a VEJA.
Boulos foi o deputado federal mais votado de São Paulo, com 1 milhão de votos. Coordenador nacional do MTST, ele é experiente em políticas públicas para habitação, integra o grupo de trabalho responsável pela área de Cidades na equipe de transição e é cotado para comandar o ministério. O ex-governador Márcio França (PSB) também é um dos nomes cogitados para a pasta.
Questionado sobre a possibilidade de assumir o Ministério das Cidades, em 16 de novembro, o líder do MTST desconversou e disse que “a prerrogativa de definição e de indicação de ministros é única e exclusivamente do presidente Lula”.
O grupo de Juliano Medeiros e Boulos defendia que o PSOL integrasse o governo, ao contrário da deputada Sâmia Bonfim, que não queria que a sigla ocupasse cargos na gestão petista. Em uma resolução aprovada neste sábado, 17, o Diretório Nacional decidiu que a sigla fará parte da base aliada de Lula, mas defendeu que os filiados não ocupem cargos e impôs condição para isso: que se licenciem de seus postos na direção partidária antes. A resolução aprovada abre exceção para Sônia Guajajara, indicada para comandar o Ministério dos Povos Originários.