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Bolsonaro sobre Lula: ‘não podemos escolher barbeiro para pilotar Ferrari’

Presidente ainda disse que assassinato de militante petista foi 'fruto de uma briga estúpida'

Por Redação Atualizado em 16 jul 2022, 19h39 - Publicado em 16 jul 2022, 16h43

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado, 16, durante um culto na Assembleia de Deus, em Natal (RN), que o futuro do país passar por “escolhas” dos eleitores e, sem citar nominalmente o principal adversário na corrida pelo Palácio do Planalto, o ex-presidente Lula, disse que a população não deve escolher um “barbeiro” para “pilotar uma Ferrari”, sob pena de o Brasil se igualar a vizinhos da América do Sul, como Argentina, Chile e Colômbia, governados pela esquerda.

“Por que não somos uma grande nação? São as escolhas. Quem escolhe um barbeiro para pilotar uma Ferrari ela vai capotar na primeira curva. Pior ainda se escolhe um barbeiro que já capotou vários carros em sua vida pregressa. É tão difícil decidir? (…) A Argentina é um país com a metade da população já entrou na linha da pobreza por escolhas. O Chile está no mesmo caminho por uma escolha há dois meses. A Colômbia também por uma escolha de um mês atrás”, discursou.

Também sem nominar o petista, Bolsonaro criticou pautas que seriam apoiadas pelo adversário, como uma suposta sexualização de alunos nas escolas, e condenou aqueles que atribuíram a seus discursos episódios trágicos, como a morte do petista Marcelo Arruda pelo bolsonarista Jorge Guaranho, em Foz do Iguaçu (PR), durante uma festa de aniversário no último fim de semana. “O inimigo é interno, é aquele que quer o poder pelo poder, é aquele que mente o tempo todo, é aquele que quer usar palavras doces para mentir e muitas vezes nossos tímpanos são mais suscetíveis a essas palavras doces. (…) Na política não é diferente. Sempre um lado quer culpar o chefe do outro lado. ‘Olha, o discurso dele levou à morte daquela pessoa lá em Foz do Iguaçu’. Oh, meu Deus do céu, o meu discurso levou à morte daquela pessoa? Uma briga estúpida, sem razão? Mas em 2016 tivemos 61.000 mortes violentas no Brasil, a maioria com arma de fogo. (…) Quem está mentindo? Quem está tentando falar diferente para chegar ao poder? Em se chegando ao poder ele põe a sua linha”, disse o presidente, que continuou: “Quem falou há pouco tempo que vai botar os pastores nos seus devidos de lugares? Quem falou que vai fazer o mesmo com os militares das Forças Armadas? Quem falou que policiais não são gente? Quem disse que vai valorizar o MST? Quem disse que quer continuar mandando recursos do BNDES para outros países?”.

Neste sábado, Bolsonaro também participou da Marcha para Jesus, na capital potiguar, e, em tom messiânico, repetiu estar em meio a uma “batalha do bem contra o mal”. “Nós sabemos que existe uma batalha no Brasil, que é a batalha do bem contra o mal. Nós sabemos quem defende a vida desde a sua concepção. E nós sabemos também quem quer o aborto a qualquer preço. Nós sabemos quem defende as crianças e sabemos também quem defende a ideologia de gênero. Nós sabemos quem é contra a legalização das drogas e quem é a favor, nós sabemos quem está de verdade ao lado do povo, sempre falando a verdade acima de tudo. Eles estão costumados a discursos fáceis, com linguagem romântica, mas com mentira. A verdade dói, mas ela liberta”, disse.

Ele lembrou a visita que fez nesta sexta-feira à cidade de Juiz de Fora (MG), onde em 2018 foi alvo de um atentado à faca, e atribuiu sua recuperação à “mão de Deus”, e citou políticas do governo, como a recente ampliação do valor do Auxílio Brasil para 600 reais e a queda no preço dos combustíveis, dois temas que a campanha bolsonarista à reeleição pretende martelar junto aos eleitores para tentar alavancar o presidente nas pesquisas de intenção de votos. No caso dos combustíveis, aproveitou para criticar governos estaduais que recorreram à Justiça contra a diminuição do ICMS. “O pessoal do Nordeste está resistindo, entraram na Justiça. É o pessoal que diz que trabalha para o povo, que diz que o pobre tem que ser tratado de maneira especial, mas na hora de cumprir a lei, eles não cumprem”, afirmou.

À noite, após motociatas, Bolsonaro compareceu à Marcha para Jesus em Fortaleza (CE), onde enalteceu seu candidato ao governo do estado Capitão Wagner e repetiu os discursos anteriores após ser louvado por apoiadores. O presidente relembrou o atentado a faca que havia sofrido em 2018 novamente, falou de novo contra o comunismo, aborto, legalização das drogas e ideologias de gênero; usou os países da América Latina governados pela esquerda como exemplo a não seguir; comparou o Brasil a Israel; e debochou de quem ainda é de esquerda após os 20 anos. “Quem até os 20 anos não foi de esquerda não tem coração. Mas quem passou dos 20 e é de esquerda não tem cérebro. Vamos estender a mão e ensinar o melhor caminho”, sugeriu Bolsonaro.

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