Bolsonaro sobe 4 pontos e chega a 26% após atentado, aponta Ibope
Levantamento mostra Ciro Gomes (PDT) com 11%; Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin com 9% cada; e Fernando Haddad (PT) com 8%
O Ibope divulgou nesta terça-feira, 11, novos números de intenção de voto na disputa pela Presidência da República. No primeiro levantamento do instituto de pesquisas depois do atentado contra o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, na última quinta-feira, 6, o presidenciável aparece com 26% da preferência, crescimento de quatro pontos porcentuais em relação à pesquisa Ibope anterior, divulgada em 5 de setembro.
A oscilação na intenção de voto de Bolsonaro, esfaqueado em um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), foi acima da margem de erro de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos. O porcentual atingido pelo deputado federal diz respeito à intenção de voto estimulada, ou seja, quando os nomes dos presidenciáveis são apresentados aos entrevistados.
Depois do deputado federal há um quádruplo empate técnico no segundo lugar. Ciro Gomes (PDT) aparece com 11%; Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin, com 9% cada; e Fernando Haddad (PT), com 8%. No levantamento anterior, Ciro e Marina tinham 12% cada, Alckmin os mesmos 9% e Haddad, 6%.
Fernando Haddad foi oficializado nesta terça como candidato ao Palácio do Planalto pela coligação petista, substituindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja candidatura foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No novo levantamento Ibope, Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo) têm 3% cada um, empatados na margem de erro com Cabo Daciolo (Patriota) e Vera Lúcia (PSTU), que aparecem com 1% cada. Guilherme Boulos (PSOL), João Goulart Filho (PPL) e José Maria Eymael (DC) não pontuaram. Votos em branco e nulos somam 19% e eleitores que não sabem ou não responderam, 7%.
A pesquisa Ibope ouviu 2.002 eleitores em 145 cidades entre os dias 8 e 10 de setembro. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR05221/2018.
Intenção de voto espontânea
Em relação ao voto espontâneo, isto é, quando os nomes dos candidatos não são apresentados, Jair Bolsonaro foi citado por 23% dos eleitores, seis pontos porcentuais a mais do que na última pesquisa. Barrado pelo TSE no final de agosto, Lula teve redução de sete pontos porcentuais em relação ao levantamento anterior, de 15% para 8%.
Em seguida, aparecem empatados na margem de erro Ciro Gomes, citado por 5%; Geraldo Alckmin, por 4%; Marina Silva, por 3%; João Amoêdo, por 2%; Alvaro Dias e Henrique Meirelles, por 1% cada. Os demais presidenciáveis não pontuaram.
Responderam que votariam em branco ou nulo 18% dos eleitores e 21% não souberam ou preferiram não responder.
Rejeição aos candidatos
Conforme o Ibope, a rejeição a Jair Bolsonaro, que era de 44% na semana passada, caiu três pontos porcentuais e chegou a 41% depois do atentado à faca sofrido por ele.
Em seguida, como mais rejeitados, aparecem Marina Silva, que passou de 26% para 24%; Fernando Haddad, que manteve 23%; Ciro Gomes, que foi de 20% para 17%; e Geraldo Alckmin, que oscilou de 22% para 19%.
Henrique Meirelles, Cabo Daciolo, José Maria Eymael, Vera Lúcia e Guilherme Boulos são rejeitados por 11%, enquanto 10% responderam que não votariam de jeito nenhum em João Amoêdo e 9%, em Alvaro Dias. João Goulart Filho é rejeitado por 8% dos eleitores.
Os que responderam que poderiam votar em todos os candidatos são 2%; os que não souberam ou preferiram não responder são 11%.