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Bolsonaro diz apoiar ‘quase todas’ as decisões dos EUA sobre a Venezuela

Presidente recebe líderes evangélicos americanos, participa de oração coletiva e se diz preocupado com a entrada de imigrantes no Brasil

Por Julia Braun, de Washington, D.C.
Atualizado em 20 mar 2019, 15h13 - Publicado em 20 mar 2019, 14h33

Em um evento com direito a oração coletiva e participação do pastor Silas Malafaia na terça-feira 19, em Washington, o presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista à emissora religiosa americana Christian Broadcasting Network (CBN), dos Estados Unidos. O líder brasileiro se disse preocupado com a entrada indiscriminada de imigrantes no Brasil e afirmou respaldar a maior parte das decisões da Casa Branca sobre a Venezuela.

A entrevista foi gravada na Blair House, onde o presidente ficou hospedado durante seus três dias de visita a Washington, e exibida nesta quarta-feira, 20, na televisão americana.

Ao ser questionado se uma possível intervenção militar conjunta na Venezuela foi considerada, o brasileiro voltou a dizer que não comentaria sobre os assuntos estratégicos debatidos em particular com o republicano, mas não descartou a opção. “O presidente Trump afirma que todas as opções estão sobre a mesa e eu, em grande parte, apoio as decisões do povo americano”, afirmou.

Bolsonaro também respondeu a perguntas do repórter George Thomas, da rede de televisão CBN, sobre sua promessa de mudança da embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, como Trump fez no ano passado com a representação americana.

“Estamos estudando a possibilidade de tomar essa decisão na hora certa”, afirmou, argumentando que todas as nações têm o direito de escolher onde instalar sua embaixada. “Quando Trump assumiu, ele demorou nove meses para tomar essa decisão e eu estou apenas no meu terceiro mês”, disse.

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Em uma reportagem cheia de referências aos valores conservadores do presidente Bolsonaro e às tradições religiosas de sua família, a CBN também entrevistou o pastor evangélico Silas Malafaia. Em um rápido depoimento, ele afirmou que, apesar de Bolsonaro não ser evangélico — ele é católico —, “sempre defende os princípios que nós, evangélicos, defendemos” porque é “contra o aborto, privilégios do movimento LGBTQ, reconhece a grandeza e a importância de Israel, defende a família, quer lutar contra a corrupção e recuperar nossa economia”.

Ao longo da reportagem, o atentado sofrido por Bolsonaro em setembro de 2018, durante a campanha eleitoral, foi mencionado. O presidente agradeceu a Deus pela recuperação de sua saúde, à qual frequentemente se refere como um “milagre”. “Eu sou um sobrevivente e devo minha vida a Deus”, disse.

Reza coletiva

O tom religioso durante a tarde de Bolsonaro em Washington continuou após a entrevista, quando o presidente brasileiro participou de um encontro com lideranças evangélicas locais. Entre os presentes estava o pastor Pat Robertson, de 88 anos, fundador da CBN e ex-candidato à Presidência dos Estados Unidos.

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Reunidos em torno de uma mesa, Bolsonaro, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e seus convidados evangélicos deram as mãos e protagonizaram uma oração coletiva.

Entre os presentes estavam Gordon Robertson, filho de Pat e CEO da emissora evangélica, o presidente da Fundação Martin Luther King, Charles Steele, o líder do “ministério evangelístico internacional” Christ for all Nations, Reinhard Bonnke, o pastor sênior da Igreja Batista Thomas Road da Virgínia, Jonathan Falwell, e outros líderes e representantes da imprensa cristã americana.

 

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