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Bolsonaro desembarca na Hungria com intenção de mobilizar base no Brasil

Viagem a país com poucas relações comerciais com Brasil tem o objetivo de criar ponte com direita radical

Por Ricardo Ferraz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 fev 2022, 09h19 - Publicado em 17 fev 2022, 08h51

O presidente Jair Bolsonaro desembarcou em Budapeste, capital da Hungria, na manhã desta quinta-feira, 17. O principal compromisso da agenda do presidente brasileiro é um encontro com o primeiro-ministro Viktor Orbán, líder de extrema direita que comanda o país desde 2010.

Antes da reunião, Bolsonaro vai depositar flores em um monumento erguido em homenagem aos heróis húngaros. Como ocorreu na Rússia, o mausoléu é dedicado aos combatentes que lutaram pelo país durante o período do regime comunista. Perguntado sobre o fato de depositar flores no túmulo de quem defendeu esse tipo de governo, como ocorreu também na Rússia, o presidente foi categórico: “Soldado é soldado”.

Outro compromisso previsto na agenda da missão diplomática brasileira é uma visita ao presidente do país, János Áder.

O Brasil tem poucas relações comerciais com a Hungria e a visita de Bolsonaro se presta muito mais a objetivos políticos, tendo em vista que o Orbán é considerado um dos líderes de uma aliança informal de extrema direita que o governo se esforça para formar. No cenário internacional, o bloco conta ainda com o presidente da Polônia, Andrezj Duda, e o ex-presidente americano, Donald Trump.

Ao longo de quase onze anos de governo, Orbán tomou medidas para controlar o judiciário e o parlamento da Hungria, radicalizando contra a oposição e impondo leis contra minorias, principalmente os homossexuais. O governo do primeiro-ministro se orgulha de ser a primeira “democracia anti-liberal” da Europa, o que rendeu conflitos no parlamento da União Europeia e até a proposição de sanções por outros estados-membros.

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Internamente, Orbán enfrenta dificuldades. O premiê ira concorrer a mais uma reeleição em abril, mas tem encontrado mais dificuldades do que o habitual. Seu adversário Peter Márky-Záy, um conservador independente, tem chances reais de vitória. Nas pesquisas, Orbán aparece apenas 3 pontos percentuais á frente de Zay.

Bolsonaro fez questão de manter a visita, mesmo após tomar conhecimento do desastre em Petrópolis, que matou mais de cem pessoas e deixou muitas famílias desabrigadas. A avaliação interna do Planalto é que o presidente precisa manter sua base mais radical mobilizada para as eleições de outubro. Bolsonaro planeja visitar a região atingida pelas chuvas na sexta-feira, após o seu retorno ao Brasil.

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