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Bolsonaro defende imposto sobre transações e nega comparação com CPMF

Segundo o presidente, a proposta de Paulo Guedes visa desonerar a folha de pagamento

Por Da Redação 18 jul 2020, 20h33

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado, 18, que o imposto sobre transações proposto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, não é igual à CPMF. Ao conversar com apoiadores na frente do Palácio do Alvorada, o chefe do Planalto disse que “a proposta de Guedes visa desonerar a folha de pagamento”.

Na última quinta-feira, Paulo Guedes também rejeitou a comparação do imposto sobre transações com o antigo imposto do cheque. O tema do novo imposto, defendido por Guedes, voltou a ganhar importância com o retorno das discussões sobre a reforma tributária. A equipe econômica deve apresentar a proposta de reforma tributária ao Congresso na próxima terça-feira, 21.

A criação do imposto gerou polêmica e provoca fortes reações contrárias. Rodrigo Maia, presidente da Câmara, já afirmou ser contra a recriação de um tributo semelhante à CPMF. “Não há espaço para debater uma nova CPMF. Nossa carga tributária é alta demais, e a sociedade não admite novos impostos”, escreveu Maia no Twitter também na última quinta.

Jair Bolsonaro disse ainda que o governo federal não deixou faltarem recursos para estados e municípios trabalhassem para combater a pandemia de coronavírus. Ele reforçou que o Brasil deve “voltar a trabalhar” e que as medidas de isolamento social não têm eficácia no controle da Covid-19. “Miséria e depressão matam mais que coronavírus”, disse Bolsonaro.

Durante a conversa com os apoiadores, Bolsonaro usava uma máscara, já que está contaminado pelo coronavírus. Ele estava acompanhado pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).

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Lei das fake news

Jair Bolsonaro também disse que a proposta de criar uma lei de combate às notícias falsas é uma tentativa de limitar a liberdade de expressão. “Vocês sabem que a liberdade de expressão é essencial se você quer falar em democracia. O Congresso está discutindo aqui, já passou no Senado, está na Câmara, seria a lei das fake news. Acho que é mais uma maneira de botar limites na liberdade de expressão”, disse em encontro com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

Bolsonaro acrescentou que uma regulamentação mais rigorosa das redes sociais poderia inibir a livre manifestação de opiniões. Para o presidente da República, na internet não deve haver limites, e quem se sentir prejudicado, deve buscar seus direitos na Justiça. “Você nunca vai saber qual o limite. Vai virar um terreno onde você vai perder a liberdade. Você não vai mais poder se manifestar sobre nada. E [foi] essa liberdade de expressão, essas mídias sociais, que me botou aqui na Presidência”, disse o presidente.

No fim de junho, o Senado aprovou um projeto de lei com o objetivo de combater a disseminação de informações falsas por meio das redes sociais e serviços de mensagem. O texto agora depende da análise da Câmara dos Deputados.

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Com o grupo de apoiadores, o presidente cantou o Hino Nacional, durante cerimônia de arreamento da Bandeira Brasileira, que ocorre todas as tardes, às 18h, no local.

Com Agência Brasil

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