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Black Blocs já estão de carona na greve dos ônibus no Rio

Pelo Facebook, páginas convocam manifestantes profissionais para atuar em garagens de ônibus e em protestos nesta quinta-feira. Uma cobradora foi ferida a pedrada. Sindicato das empresas de ônibus relata 325 veículos depredados

Por Da Redação
8 Maio 2014, 12h32

A paralisação dos rodoviários iniciada à meia-noite desta quinta-feira no Rio de Janeiro tem tudo para extrapolar o direito de greve e de manifestação e avançar em direção às ações abusivas, que invariavelmente põem a população contra uma categoria. A contagem do sindicato Rio Ônibus indicava, até as 10h20 desta quinta, 325 ônibus depredados – 50 deles completamente destruídos -, uma cobradora ferida e um número incontável de trabalhadores sem chegar ao trabalho. No fim da manhã, houve tiros e bombas lançadas na Lapa, no Centro, um ponto de conexão de várias linhas que ligam a Zona Norte ao Centro.

Como fizeram na greve dos professores, na ocupação do terreno da Oi e em todos os movimentos recentes, os manifestantes profissionais estão de carona na greve. A página do grupo Anonymous informou, pouco depois da meia-noite, locais de garagens de empresas onde deveriam ocorrer protestos – e lugares onde, efetivamente, ônibus foram destruídos. Os mascarados do Black Bloc convocaram “a população” para apoiar a greve e programam uma manifestação no Centro, nesta quinta ou sexta-feira.

A legitimidade da greve vai pelo ralo quando ocorrem, como esta manhã, tentativas de paralisar a cidade. Um grupo de cerca de 30 rodoviários tentou fechar as pistas da Avenida Brasil, sentido Centro. Houve também bloqueio de ruas importantes no Grajaú, Avenida Ayrton Senna (Barra da Tijuca), Rua Teodoro da Silva (Vila Isabel), Avenida Marechal Rondon (Sampaio), Rua Conde de Bonfim (Tijuca) e em uma série de vias próximas de garagens de empresas de ônibus.

O prefeito Eduardo Paes criticou a depredação, em coletiva concedida no fim da manhã. “Obviamente, esperamos que aqueles que estejam no movimento grevista o façam sem violência e sem piquete. É inadmissível que, a esta altura, tenham 325 ônibus alvos de vandalismo.”

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De acordo com a Rio Ônibus, cerca de 30% dos ônibus estão circulando. Só da Viação Jabour foram quebrados 60 coletivos. A paralisação de 24 horas de motoristas e cobradores é organizada por um grupo de dissidentes, que discorda do reajuste acertado entre o Sindicato de Motoristas e Cobradores do Município do Rio (Sintraturb-Rio) e a Rio Ônibus, sindicato das empresas na cidade do Rio. O acordo estabelecia um aumento de 10% no salário e 40% na cesta básica, mas os grevistas exigem pelo menos mais 10% de aumento salarial e vale-refeição de 300 reais.

Grevistas fizeram protestos em diversas regiões da cidade. Chegaram a fechar pistas da Avenida Ayrton Senna, na Barra, Zona Oeste do Rio, para impedir a circulação de ônibus. Também houve protesto na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, o que atrapalhou ainda mais o trânsito na região. Um vídeo no YouTube mostra um grupo atacando ônibus e obrigando passageiros a descer, antes de começar o quebra-quebra.

Black blocs – Além de se infiltrarem na greve dos rodoviários, integrantes dos grupos Black Bloc e Anonymous devem participar ainda da paralisação dos professores, marcada para começar na próxima segunda-feira. Quando a categoria cruzou os braços por mais de 70 dias, no ano passado, a união não só foi bem recebida como os manifestantes aprovaram até os atos de vandalismo e violência. Na tarde desta quinta, os mascarados devem se reunir também com o movimento Não Vai ter Copa.

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https://youtube.com/watch?v=FiqOlzdQm-g

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